Soldado que denunciou abusos dos EUA ao Wikileaks vai mudar de sexo

O soldado transexual, Bradley Manning, sentenciado a 35 anos de prisão por vazar informação confidencial para o Wikileaks, recebeu aprovação do Exército dos Estados Unidos para fazer tratamento para mudar de sexo. Bradley, que mudou o nome para Chelsea, foi diagnosticado com transtorno de identidade de gênero, e vai ser transferido para uma prisão militar onde esse tipo de tratamento é realizado com os presos.

A informação é do jornal ‘USA Today’ que divulgou a decisão da coronel Érica Nelson, que está a frente da prisão militar de Fort Leavenworth, no estado do Kansas, onde Manning cumpre pena desde julho de 2013. Bradley violou a lei de espionagem ao divulgar mais de 700 mil documentos classificados para o Wikileaks.

‘Após considerar a recomendação que o tratamento hormonal é apropriado e necessário, e avaliando os riscos associados, eu aprovo’, escreveu a coronel Erica Nelson em um memorando obtida pelo jornal.

Como Bradley não pode ser  expulso do Exército durante o cumprimento de sua sentença, as autoridades do Departamento de Defesa se viram obrigadas a oferecer o tratamento solicitado pelo soldado, pedindo ao Escritório Federal de Prisões (BOP, sigla em inglês) que aceitasse a transferência de Manning para suas instalações.

O soldado confessou em uma carta que era transexual e que estava mudando seu nome para Chelsea,  um dia depois de ser condenado à prisão. Ele afirma que revelou abusos de militares americanos no Iraque e no Afeganistão por conta do interesse público e para abrir um debate sobre os conflitos nesses países. 

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