Foi confirmada nesta quarta-feira (08.07) pela Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) , a primeira morte provocada pela Síndrome de Guillain-Barré (SGB) no estado. A vítima, cujo óbito foi notificado à Vigilância Epidemiológica Estadual no dia 12 de junho, é uma mulher de 26 anos, que começou a manifestar os primeiros sintomas da doença no dia 20 de maio.
Como a síndrome está associada a doenças virais,o subsecretário de Saúde, Roberto Badaró, informou que está em andamento uma investigação para saber se há relação do desenvolvimento da síndrome na paciente com doenças como a Zika Vírus. Outra morte também registrada no estado está sendo investigada, mas não há confirmação que tenha sido causada pela Síndrome de Guillain-Barré.
A Sesab confirmou ainda 55 casos da Síndrome de Guillain-Barré na Bahia, de maio até esta quarta-feira. Desses, 12 pacientes foram internados no Hospital Geral Couto Maia, e os demais, embora registrados pela Sesab, estão sendo atendidos pela rede particular.
O Ministério da Saúde afirma que não existem dados epidemiológicos específicos da síndrome no Brasil, mas ela é considerada a maior causa de paralisia flácida generalizada no mundo. A SGB afeta os nervos por todo o corpo e membros,e geralmente é desencadeada por uma infecção. Deve seu nome aos médicos Dr. Guillain e Dr. Barré que foram os primeiros a descrever a síndrome no século passado. É uma doença rara, mas pode afetar qualquer pessoa, ocorrendo comumente na idade adulta e nos idosos. Pode, ainda, ser associada a doenças virais, como o Zika Vírus, causa fraquezas ascendentes e paralisia flácida, podendo se agravar até causar paralisia na musculatura respiratória, tornando necessário o uso de equipamentos de ventilação.
A maior parte dos pacientes só percebe a doença através de parestesias ( sensações cutâneas como frio, calor e formigamento, nas extremidades dos membros inferiores e, em seguida, superiores), porém de acordo com a médica infectologista e diretora do Hospital Couto Maia, Ceuci Nunes, a maior parte dos pacientes melhora com o tratamento.
Os pacientes com suspeita da síndrome passam por um exame clínico e depois por um exame semelhante ao utilizado para diagnosticar e meningite: o exame do líquor, ou seja, a retirada do líquido da medula. Para evitar outros óbitos, a Sesab pede que os pacientes com sintomas procurem as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e os postos de saúde, onde serão realizados os exames iniciais. Em caso de suspeita da síndrome, o paciente será encaminhado para o Hospital Couto Maia.
Fonte: G1
A.V.