Sintomas que podem parecer simples e comuns como ardência e coceira nos olhos podem estar por trás de um problema mais sério, que demanda atendimento com especialista. Dessa forma, a persistência desses sintomas pode incapacitar muitas atividades rotineiras.
A síndrome do olho seco está ligada ao estilo de vida e a condições que dificultam a formação de lágrimas, como clima, exposição a telas e até mesmo alguns medicamentos.
“A principal complicação é o impacto muito grande na qualidade de vida do paciente. Esse desconforto pode ser muito impactante e até incapacitante das atividades cotidianas”, disse em entrevista Monica Alves, docente do Departamento de Oftalmologia da Unicamp e Embaixadora da Tear Film & Ocular Surface Society.
De acordo com ela, “alguns não conseguem ficar com o olho aberto por muito tempo, ficar em ambiente com ar-condicionado, fazer atividade de leitura ou computador porque os olhos incomodam muito.” Fatores como o uso contínuo de telas tornaram a doença – que era mais associada ao envelhecimento – a ser cada vez mais comum em jovens.
Assim, a persistência dos sintomas é sinal de que um tratamento com especialista é necessário. “Não é simplesmente pingar um colírio sem saber o que está acontecendo, tem que procurar um oftalmologista para diagnosticar, porque todo sintoma ocular é um sinal de alerta”, afirmou Monica Alves.
Dessa forma, o tratamento varia muito de paciente para paciente, o que reforça a importância da consulta a um especialista. “A primeira coisa é entender os fatores que levam ou pioram o quadro, e o segundo passo é repor essa lágrima que está faltando. E é importante entender se o que está faltando é a água ou óleo da lágrima. Há formas de repor esses componentes de forma precisa de acordo com o que o paciente apresenta”, explica.
Em casos extremos, só procedimentos cirúrgicos são capazes de amenizar o desconforto e prevenir complicações. O ressecamento prolongado da córnea pode levar a lesões, perfurações e infecções.
Fonte: CNN Brasil