Sete são presos por fraude no SUS

O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) cumpriu sete dos oito mandados de prisão temporária expedidos contra políticos e servidores, que fraudavam o sistema de marcação de exames para furar a fila no Hospital Celso Ramos, nesta segunda-feira (24) em Florianópolis.

Foram apreendidos computadores e outros objetos em clínicas, no próprio Hospital Celso Ramos e em imóveis particulares. Os nomes não foram divulgados. Os crimes apurados são falsidade ideológica, inserção de dados falsos nos sistemas de informação, corrupção passiva e crimes eleitorais.

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O objetivo dos políticos, segundo a investigação, era “fidelizar” o voto dos eleitores. As investigações começaram em novembro de 2015. A operação foi chamada de “Ressonância”, um dos exames pelos quais os pacientes pagavam para furar a fila.

No esquema, segundo o Gaeco, os pacientes levavam um envelope com o dinheiro, o pedido do médico e o cartão do SUS. Entre R$ 200 e R$ 600 eram pagos para o servidor do estado passar pessoas na frente na fila de exames de ressonância magnética e tomografia.

Pelo menos 50 exames foram adiantados com fraude. As negociações ilícitas eram feitas nos fundos do hospital, em um lugar conhecido como “barraco”, ou em um quiosque perto da unidade de saúde.

Redação Saúde no Ar

João Neto

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