A Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) anuncia uma nova chance para quem precisa ser submetido a um transplante cardíaco: até o final deste ano, o serviço de transplante cardíaco do Hospital Ana Nery será, ativado. O último transplante de coração na Bahiua foi realizado no Hospital Santa Isabel há seis anos. Desde então, o procedimento não é realizado no estado, e os pacientes precisam se deslocar para outros locais.
O Hospital Ana Nery,responsável por 80% de todos os transplantes renais realizados na Bahia o ano passado, única unidade hospitalar que realiza transplante renal pediátrico na Bahia, já está credenciado para o transplante cardíaco pelo Ministério da Saúde.
Atualmente, o hospital é responsável pelo acompanhamento ambulatorial pré e pós transplante cardíaco dos pacientes que se submetem ao processo cirúrgico em outros estados, e dos 45 pacientes acompanhados pelo ambulatório, 12 têm um quadro potencial para entrar na fila de espera por um novo coração.
A retomada do transplante cardíaco faz parte da proposta da Sesab de alavancar as doações e transplantes de órgãos e tecidos. Na semana passada, foi lançada a política de incentivo aos transplantes de órgãos e tecidos, que prevê um investimento de R$ 10 milhões por ano, como forma de incentivo financeiro às etapas de doação, captação e transplante.
Na década de 90 foram realizados seis transplantes cardíacos no estado – entre 1991 e 1992, no Hospital Português. Dezesseis anos depois, em 2008, houve a retomada do transplante cardíaco, no Hospital Santa Isabel, onde também foi feito o último procedimento no estado, um ano depois (2009).
Incentivo à doação de órgãos
Hoje, mais de dois mil baianos aguardam por um transplante de órgãos , sendo que a Bahia figura entre os estados que menos realizam transplantes no país.
Conforme o médico Eraldo Moura, coordenador do Sistema Estadual de Transplantes, a Sesab gasta atualmente cerca de R$ 10 milhões com tratamentos fora do domicílio (TFD), sendo a maior parte com transplantes. Portanto, além do aspecto humanitário, investir em transplantes resulta em economia de recursos públicos.
Segundo o secretário de Saúde do Estado, Fábio Vilas-Boas, com a política de incentivo à doação de órgãos para transplantes, a expectativa, já no primeiro ano, é a de “zerar a fila de espera por transplante de córnea, reativar o transplante de coração, parado desde 2009, ampliar os transplantes de rim, fígado e medula óssea, bem como realizar o primeiro transplante de pulmão”.
Redação Portal Saúde no Ar