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SESAB investe na ampliação do número de doação de órgãos

Ampliar o número de doação de órgãos é a principal meta da coordenação do Sistema Estadual de Transplantes da Secretaria da Saúde do Estado, que para alcançar este objetivo vem desenvolvendo diversas atividades voltadas para os profissionais de saúde, notadamente aqueles que atuam em UTI, nas Coordenações Intra-hospitalares de Doação de Órgãos para Transplantes (CIHOTT), Organização de Procura de Órgãos (OPOs), também para a população em geral. Segundo o médico Eraldo Moura, coordenador do Sistema Estadual de Transplantes, a negativa familiar é o principal entrave para a ampliação do número de transplantes: enquanto a negativa familiar no Brasil está em torno de 78%, na Bahia esse índice é de 85%.

Dentro dessa proposta de buscar o incremento na doação de órgãos, o Sistema Estadual de Transplantes realiza no próximo dia 21, de 8 às 17 horas, no auditório da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, o III Encontro “Dialogando o luto, acolhimento e entrevista familiar na doação de órgãos e córneas”, que reunirá em torno de 90 profissionais de saúde, serão abordadas questões como “A morte inesperada e a elaboração do luto nos tempos atuais”.

“O profissional de saúde frente a morte do paciente e a comunicação a família”, “Porque as famílias negam a doação de órgãos e córneas. Como vencer as objeções?”. Serão também apresentadas as experiências de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), de um hospital de grande porte no interior da Bahia e de um hospital de grande porte em Pernambuco.

CIHDOTT DO MATER DEI

Ainda esta semana, o Sistema Estadual de Transplantes promoveu um curso de credenciamento para profissionais da Comissão Intra-hospitalar do Hospital Mater Dei, no auditório da unidade hospitalar. Entre as questões abordadas, a situação atual do transplante na Bahia, acolhimento e entrevista familiar para doação de órgãos, como funciona a lista de espera para transplante de órgãos e as atribuições da CIHDOTT x OPO e o fluxo de notificação do hospital.

PROCESSO DE DOAÇÃO

O processo de doação de órgãos é iniciado com a identificação de um potencial doador nas unidades hospitalares. Após criteriosa etapa de exames e avaliações é efetuado o diagnóstico de morte encefálica. Confirmada a morte encefálica, os familiares são informados sobre o óbito do paciente e uma equipe especializada e treinada presta apoio emocional à família e oferece a possibilidade de doação de órgãos e tecidos. Com o consentimento familiar procede-se a retirada dos órgãos e tecidos doados.

Todas as pessoas são doadoras em potencial, após avaliação médica da história clínica e das doenças prévias, e existem dois tipos de doadores: o vivo e o falecido. A família do doador precisa saber dessa decisão, pois é ela quem vai autorizar o médico a fazer o transplante. É possível doar coração, pulmão, fígado, rim, pâncreas e intestino (órgãos), e córnea, medula óssea, pele, osso, tendão e válvula cardíaca (tecidos).

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