Sesab divulga ações contra discriminação racial

Neste sábado (21), quando se comemora o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial , a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) divulgou uma série de medidas tomadas a partir de dia 30 de agosto de 2013, que instituiu a Política Estadual de Atenção Integral à Saúde da População Negra (PESPN).

A partir dessa lei, a Sesab se inseriu na dinâmica do SUS por meio de estratégias de gestão solidária e participativa que incluem, entre outras coisas, a utilização do quesito raça/cor na produção de informações epidemiológicas para a definição de prioridades e tomada de decisão.

Material divulgado pela assessoria de Comunicação da Sesab à imprensa, informa também o desenvolvimento de ações e estratégias de identificação, abordagem, combate e desconstrução do racismo institucional no ambiente de trabalho e nos processos de formação e educação permanente de profissionais. Essa estratégia iria do controle social, a formulação e/ou revisão das Redes Integradas de Serviços de Saúde do SUS/Bahia, com a finalidade de inclusão do recorte étnico-racial, a exemplo de: Rede Cegonha, Rede de Urgência e Emergência, Rede Atenção Psicossocial e Rede de Atenção à Pessoa com Deficiência.

Além disso, a Sesab, através da Fundação de Hematologia e Hemoterapia da Bahia (Hemoba) dispõe de equipe especializada para o tratamento da Anemia Falciforme, doença com maior prevalência na população negra.

Ano passado, a secretaria publicou uma portaria que instituiu a Assistência Religiosa em ambiente hospitalar. Dessa forma, a Assistência Religiosa passa a ser ministrada aos pacientes internados em hospital da rede pública estadual, porém com anuência do mesmo ou dos seus familiares, não sendo obrigado a participação na atividade religiosa ou aceitar o serviço religioso.

A anemia falciforme

Na Bahia, estima-se que uma em cada 650 pessoas nascidas vivas são portadoras da doença falciforme, mais comum entre a população negra. Contudo, devido ao alto grau de miscigenação no estado, essa doença pode ser encontrada em outros grupos étnicos.

A doença falciforme é uma patologia hereditária caracterizada pela alteração de glóbulos vermelhos do sangue, tornando-os parecidos com uma foice, daí o nome falciforme. É mais comum em África, na Europa mediterrânea, no Oriente Médio e na Índia.

Para a coordenadora do ambulatório da Hemoba, Larissa Rocha, nem sempre os pacientes com a doença vão ter sintomas antes dos seis meses de vida. “Algumas pessoas podem não apresentar sintomas frequentes. Já outras, têm sintomas mais intensos, inclusive, necessitando de internamento para tratar de infecções e crises de dores, que são as características mais frequentes da doença”, explicou.

Baianos com doença falciforme que recebem tratamento na Hemoba dispõem de uma equipe de hematologistas responsáveis pela realização do tratamento e acompanhamento da doença falciforme, por meio do SUS. Em Salvador os profissionais da Hemoba oferecem assistência multidisciplinar aos pacientes com a doença, o tratamento sendo feito no hemocentro coordenador da Hemoba, (localizado na Avenida Vasco da Gama, s/n, ladeira do HGE).

Cerca de 4.500 pacientes cadastrados (entre adultos e crianças), sendo a maioria crianças, se deslocam das cidades mais longínquas do estado para realizar o tratamento. Na Bahia, a capital tem três (3) serviços prestam assistência a pacientes com doença falciforme: Hemoba – atende adultos e crianças; APAE – atende crianças; Hospital das Clínicas – atende crianças e adultos.

A utilização de medicamentos específicos, como ácido fólico e penicilina profilática, além de vacinas, estão entre as formas de tratamento mais adequadas e todas são disponibilizadas pelo SUS.

Para o tratamento, o paciente deve comparecer com a documentação necessária, incluindo o exame de eletroforese de hemoglobina e o encaminhamento do médico que realizou o diagnóstico da doença (solicitação para que a pessoa receba o tratamento).

Fonte:Sesab

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