Sesab corta gastos

Perdas de lençóis e fronhas, refeições produzidas além do necessário, material do hospital sendo usado por estagiários de medicina e enfermagem sem qualquer tipo de ressarcimento ao estado, causa gastos excessivo aos cofres públicos

A cobrança de atendimentos de segurados do SUS no Roberto Santos era feita de forma precária ao Ministério da Saúde. Nesse ambiente de crise econômica e baixa arrecadação, o combate ao desperdício e à ineficiência se tornou uma regra para o governador Rui Costa, que autorizou a Secretaria da Saúde (Sesab) a corrigir os problemas.

O diretor do Hospital Roberto Santos, Hugo Ribeiro, informou que após implantação de programa de gerenciamento de faturas hospitalares e auditoria, quadruplicou a produção (cobrança de atendimentos ao SUS) e a expectativa é quintuplicá-la, migrando de R$ 2 milhões em faturamento para R$ 10 milhões, por mês.
 
A redução nas despesas de nutrição girou em torno de 27%, cerca de R$ 300 mil ao mês. A Sesab colocou fiscais na lavanderia, para coibir o extravio de material, enquanto prepara a terceirização da lavagem da rede de saúde estadual. Catracas também foram instaladas para regular o acesso no refeitório e faculdades terão de pagar para que estudantes circulem nas unidades do estado.

O combate às distorções e desperdícios vai gerar uma economia de R$ 300 milhões este ano, segundo a Secretaria da Saúde da Bahia. O governador Rui Costa (PT), pressionado por crise econômica das mais graves e a baixa arrecadação, tem adotado uma série de medidas de contenção de despesas e economia para gerir a máquina pública. Na quinta passada Rui pediu aos secretários para "apertar mais o cinto" com o objetivo de o governo, como um todo, economizar R$ 250 milhões em novembro.

Nesta semana, a Sesab deve lançar licitações para a renovação de 21 contratos de gerenciamento de hospitais de pequeno e médio portes da rede estadual, já terceirizado a organizações sociais. A fiscalização e a cobrança serão mais rígidas.

Quem vencer as licitações terá agora a obrigação, entre outras coisas, de informar, diariamente à Sesab o número de vagas da unidade, avaliar semestralmente o desempenho do diretor-geral, implantar o "sistema de apuração de custos da unidade e destacar uma sala equipada para que um funcionário designado da secretaria fiscalize as atividades da unidade.

Redação Saúde no Ar

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