Até sexta-feira (27) mais de 152 mil escolas públicas de todo o país poderão realizar a Semana Saúde na Escola.
Durante esse período, equipes de saúde e de educação trabalharão ações de conscientização e prevenção à saúde envolvendo estudantes, professores, pais e funcionários que fazem parte do ambiente escolar. Neste ano, a mobilização traz como tema principal o enfrentamento ao excesso de peso e à obesidade infantil, além da importância da atualização da vacinação com base caderneta de saúde da criança, entre outros acompanhamentos.
O Programa Saúde na Escola é uma iniciativa dos Ministérios da Saúde e da Educação (MEC).Desde 2012, quando foi instituída, a semana já abordou alimentação saudável, combate ao Aedes aegypti, práticas corporais e saúde ocular. Estudantes de escolas que fazem parte do Saúde na Escola consomem menos guloseimas, refrigerantes e substâncias psicoativas.
A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) de 2015 mostrou que estudantes de escolas públicas que aderiram ao Programa Saúde na Escola (PSE) apresentaram menor consumo de guloseimas, refrigerantes e substâncias psicoativas. O dado foi analisado em turmas do 9º ano do ensino fundamental, já que 85,5% desses alunos no país frequentam escolas públicas e 48,7% estão em escolas que participam da Saúde na Escola.
A coordenadora-geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Michele Lessa, explica que os temas deste ano exigem ações rotineiras e preventivas. “Os números da obesidade infantil no Brasil são críticos. E também é importante utilizar a caderneta de saúde da criança para registro e acompanhamento das condições de saúde desse público. E a saúde aliada a educação são imbatíveis na prevenção e promoção da saúde. É isso que a Semana da Saúde na escola irá resgatar”, ressalta a coordenadora.
COMBATE À OBESIDADE
Ainda de acordo com a PeNSE, 7,8% dos adolescentes das escolas entre 13 e 17 anos estão obesos, sendo maior entre os meninos (8,3%) do que nas meninas (7,3%). Entre as crianças, a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) de 2008/2009 indicou prevalência de excesso de peso de 34,8% e de obesidade 16,6% em crianças na faixa de 5 a 9 anos.
A Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde (2006) também aponta um índice alarmante: 40,5% das crianças menores de cinco anos consomem refrigerante com frequência e outro estudo, a Pesquisa Nacional de Saúde (2013), indica que 60,8% dos menores de 2 anos comem biscoitos ou bolachas recheadas.
Para orientar a população adotar uma alimentação saudável já na infância, o Ministério da Saúde lançou, em 2010, o Guia Alimentar para Crianças Menores de Dois Anos para profissionais da Atenção Básica, mães e cuidadores quanto à alimentação saudável das crianças brasileiras menores de 2 anos. “Temos que estimular, desde bebês, a adoção de hábitos saudáveis. Só assim teremos uma população com mais saúde e cada vez menos presentes doenças crônicas que podem ser prevenidas, como hipertensão e diabetes”, defende Michele Lessa.
ATUALIZAÇÃO DA VACINAÇÃO
O Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI), oferece todas as vacinas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no Calendário Nacional de Vacinação. Atualmente são disponibilizadas pela rede pública de saúde de todo o país cerca de 300 milhões de doses de imunobiológicos ao ano, para combater mais de 20 doenças, em diversas faixas etárias.
Para acompanhar a rotina de vacinação, o Ministério da Saúde disponibiliza a Caderneta de Saúde da Criança, um instrumento de identificação e acompanhamento do desenvolvimento do menor de 0 a 9 anos de idade. O documento, disponível no site do Ministério, contém informações e orientações sobre saúde, direitos da criança e dos pais, registro de nascimento, amamentação e alimentação saudável, vacinação, crescimento e desenvolvimento, sinais de perigo de doenças graves, prevenção de violências e acidentes, entre outros.
O Ministério ainda disponibiliza para a população o aplicativo do Programa Nacional de Imunização (PNI) para uso por smartphones e tablets, que contém as informações necessárias para garantir a imunização do cidadão e de sua família. O aplicativo é capaz de gerenciar cadernetas de vacinação cadastradas pelo usuário e de abrigar informações completas sobre as vacinas disponibilizadas pelo SUS, inclusive com lembretes sobre as campanhas sazonais de vacinação.
Redação Saúde no Ar
Fonte: Ministério da Saúde
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