O consumo de pescado aumenta, significativamente, na Semana Santa. Espécies como corvina, robalo, linguado, pescada amarela e os diversos frutos do mar, marcam presença no prato daqueles que mantém essa tradição católica. Rico em nutrientes como proteínas, cálcio, fósforo, vitaminas A e E e ômega 3, por exemplo, o peixe, de fato, é uma boa pedida, no entanto, é preciso ter atenção a alguns aspectos na hora da escolha e, assim, evitar problemas de saúde.
De acordo com a nutricionista e professora da Universidade Salvador (UNIFACS), Gabriela Nóbrega, a escolha do local onde será comprado o pescado é imprescindível para adquirir um produto de qualidade. “O ideal é evitar locais de procedência duvidosa e optar pelos mercados especializados em pescado, onde há uma boa conservação do alimento, inspeção e controle da vigilância sanitária. Isso garante mais segurança ao consumidor”, orienta, ao afirmar que, “na dúvida sobre o local de compra, o ideal é observar características como limpeza, condições de armazenamento e odor”.
Geralmente, o peixe é oferecido à população na forma fresca (acondicionado em gelo) e na forma congelada. Na forma fresca, a nutricionista alerta que o pescado exposto deve estar envolto em gelo, para evitar sua deterioração. Quando congelado, é importante observar a data de validade e a temperatura de armazenamento indicadas no rótulo dos produtos que são vendidos embalados. A temperatura deve ser -18°C. Outra dica é evitar a compra de embalagens com presença de cristais de gelo em contato com o produto: isso indica que a embalagem sofreu alterações de temperatura durante seu armazenamento.
Tipos de peixe
Há quem já tenha um tipo de peixe preferido por quantidade menor de espinhas, sabor, coloração, textura da carne e outras características peculiares a cada espécie. Para aquelas pessoas que ficam se perguntando qual tipo escolher para o prato da Semana Santa, avaliando pelo aporte nutricional, Gabriela Nóbrega lista espécies como: linguado, merluza, tilápia, atum, salmão e a sardinha.
“São peixes que possuem alta quantidade de proteína, fácil digestibilidade, com gordura de boa qualidade, como o Ômega 3, que é muito benéfica para saúde, reduzindo e melhorando o perfil lipídico do indivíduo, além de evitar e reduzir a incidência de doenças cardiovasculares”, aponta a professora da UNIFACS, que integra o Ecossistema Ânima.
Características
Seja fresco ou congelado, o peixe dá sinais quando inicia o processo de decomposição, ficando, por exemplo, com olhos murchos e opacos, com sua carne perdendo a firmeza e ficando quebradiça ou mudando a coloração. Abaixo, listamos dicas do que deve ser observado.
Peixe Fresco
– Sua pele deve estar brilhante, úmida e inteira, sem manchas, furos e cortes;
– As guelras devem ter uma cor viva, avermelhada e sem muco;
– As escamas precisam estar firmes e brilhantes;
– Os olhos devem estar salientes e brilhando;
– Não pode apresentar odores estranhos;
– Deve estar cobertos de gelo ou em mostradores resfriados.
Peixe congelado
– Deve ter a cor característica da espécie e ter uma camada de gelo fina ao seu redor;
– Suas extremidades não podem estar secas ou amareladas, indicando desidratação;
– O expositor deve ter um termômetro indicando a temperatura constante de, pelo menos, – 18ºC.