Com o objetivo de promover o acesso de pessoas com necessidades especiais à produção e ao consumo da cultura, oficinas, espetáculos, mostras artísticas, exibição de filmes e rodas de conversas sobre acessibilidade serão oferecidas ao público na terceira edição da Semana Cultural Acessível. As atividades vão acontecer até esta sexta (22) no Espaço Xisto Bahia, na Biblioteca Pública do Estado, no bairro dos Barris.
Aberta ontem (19) com a audiência pública ‘Acessibilidade Cultural – Dia Nacional do Teatro Acessível’, na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), em Salvador, a Semana vem alertar para o mês de setembro, considerado da acessibilidade, pois é quando se comemoram também os dias nacionais do Teatro Acessível (19), de Luta da Pessoa com Deficiência (21) e dos Surdos (26).
Ainda celebrando o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, o presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Saúde e Institutos de Pesquisas Afins, deputado estadual José de Arimateia (PRB-BA), promoveu hoje às 9 horas, no Plenarinho da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), uma Audiência Pública que debateu questões vinculadas aos desafios da inclusão das pessoas com deficiência, seja ela visual, auditiva, motora e mental.
Foram convidados para a Audiência Pública, o secretário Municipal de Saúde, José Antônio Rodrigues Alves, o secretário Estadual de Saúde, Fábio Vilas Boas, o Centro de Apoio Operacional aos Direitos Humanos (CAODH), Centro de Prevenção e Reabilitação da Pessoa com Deficiência (CEPRED), diretora Geral do Centro de Diabetes e Endocrinologia da Bahia (CEDEBA), Reine Chaves, o diretor da Unidade de Gratuidade de Pessoa com Deficiência (UGPD), Gustavo Silva de Almeida, representantes do Hospital SARAH Salvador, além do secretário da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (SEMOB), Fábio Rios Mota.
Para a coordenadora do Espaço Xisto, Ninfa Cunha, a Semana Cultural Acessível tem ajudado a dar mais força e visibilidade ao tema. “É um evento importantíssimo. Durante esses dias, nós vamos promover uma série de atividades para falar de maneiras de tornar a produção cultural mais acessível”.
A iniciativa é promovida pelo Governo do Estado, por meio das secretarias de Cultura (Secult) e de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS), juntamente com o grupo Perspectivas em Movimento. A programação também consta de debates sobre os principais avanços e necessidades do estado quanto à promoção da acessibilidade na área da cultura.
“Temos feito um trabalho, sobretudo com o Xisto Bahia, que pretendemos transformar num espaço total e completamente acessível para todas as pessoas com deficiência. Também temos projetos de levar essas melhorias para todo os espaços culturais de responsabilidade do Governo do Estado”, explicou o superintendente dos Direitos da Pessoa com Deficiência da SJDHDS, Alexandre Baroni.
Para a coordenadora da Associação Baiana Para Cultura e Inclusão (Abaci), Cristina Gonçalves, a ação ajuda a criar meios para pessoas sem deficiência também compreenderem a importância em disponibilizar recursos de acessibilidade em todos os meios sociais. “A questão da acessibilidade é para todas – os idosos, as gestantes, pessoas em estado de deficiência. A sociedade precisa ter uma visão mais ampliada dessa inclusão”.
Programação
Nesta quarta (20), às 19h, acontece no Xisto o espetáculo de dança ‘Alice no País da Diversidade’, que conta a história de Alice, uma jovem com Síndrome de Down que cai na toca do coelho e vai parar no País da Diversidade. Os ingressos custam R$10 e R$5.
Na quinta (21), às 20h, os grupos AcessibiliTAP e Perspectivas em Movimento convidam o Casulo de Artes Inclusivas. Na ocasião, será apresentado um espetáculo de sapateado estrelado por pessoas com deficiência, explorando todas as potencialidades de seus corpos a partir da dança. Os ingressos têm o mesmo valor.
Para finalizar a programação, a professora Juliana Oliveira ministra a oficina ‘Dança Materna para Mães e Crianças com Microcefalia’, na sexta (22), às 9h. O objetivo da ação é criar um ambiente de leveza e relaxamento por meio da dança, para que essas mães possam se conectar com seus filhos e retornar ao convívio social. A inscrição é gratuita.
Conforme informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 14,5 da população brasileira apresenta algum tipo de deficiência. O proponente da Audiência contou que a ocasião foi pensada com o objetivo de esclarecer a eles os seus direitos já garantidos na Constituição Federal de 1988, como também pontuar os reais problemas que as pessoas com deficiência enfrentam diariamente, na perspectiva de despertar as autoridades sobre os entraves no setor para avanços emergentes e significativos.
Fontes: Secom GOVBA/Ascom José de Arimateia (PRB-BA)
Foto: Elói Corrêa/ GOVBA
Redação Saúde no Ar