Uma pesquisa feita por cientistas chilenos, americanos e chineses, concluiu que a dose de reforço da Coronavac, aumenta em mais de 12 vezes o nível de anticorpos contra a covid-19 de quem tomou as duas doses do imunizante há pelo menos cinco ão meses.
A vacina Coronavac produzida pelo Instituto Butantan no Brasil e da Sinovac na China, não é bem vista pelo governo Jair Bolsonaro, mas é aprovada pela Organização Mundial da Saúde.
Os resultados foram publicados em versão preprint e sem a revisão da comunidade científica na plataforma medRxiv.
“Após a dose de reforço, a capacidade de neutralização dos anticorpos aumentou ainda mais do que a relatada duas semanas após a segunda dose. Observamos que, quatro semanas após a dose de reforço, a capacidade neutralizante aumentou mais de 12 vezes em comparação com a resposta cinco meses após a segunda dose, e aumentou mais de duas vezes em comparação com os níveis registrados duas semanas após a segunda dose”, afirmam os pesquisadores, do Instituto Milênio de Imunologia e Imunoterapia, da Pontifícia Universidade Católica do Chile; do Instituto de Imunologia La Jolla, da Universidade da Califórnia em San Diego, nos Estados Unidos; e da Sinovac.
Durante a pesquisa, 129 voluntários receberam a primeira dose da CoronaVac de janeiro a março de 2021, e a segunda com um intervalo de 28 dias. Cinco meses depois, os voluntários tomaram a dose de reforço.
Segundo o estudo, em adultos entre 18 e 59 anos de idade, a capacidade de neutralização dos anticorpos atingiu seu máximo quatro semanas após a dose de reforço, aumentando mais de 18 vezes em comparação com os níveis registrados cinco meses após a segunda dose, e mais de quatro vezes em comparação com os níveis registrados duas semanas após a segunda dose.
JR