O setor de a Saúde Suplementar deve experimentar uma desaceleração no aumento dos custos este ano. A afirmação é de Solange Mendes, presidente da FenaSaúde, entidade que reúne grandes operadoras do setor. A projeção para as despesas por beneficiário foi de alta de 16,6% em 2016, maior nível desde 2008, já em 2017 a expectativa é que a taxa caia para cerca de 15%.
O corte de gastos das companhias que contratam planos privados deverá ser o maior fator de redução dos custos, de acordo com o sócio da consultoria Deloitte, Enrico De Vettori. “É uma desaceleração forçada. O reajuste para as empresas tem sido bastante elevado, entre 30% e 70%, o que levou a uma troca por produtos mais econômicos”.
A busca por mais eficiência por parte das companhias também contribui para a redução das despesas. Já o desperdício no atendimento médico é um dos componentes apontados para a inflação na área de saúde. O estudo de novas formas de remuneração dos hospitais é outra expectativa do setor para reduzir os custos.
No modelo atual, o pagamento é feito por serviço prestado. “Na prática, quanto mais intercorrências há dentro do hospital, maior a receita. Isso incentiva desperdícios”, avalia De Vettori. Em 2017, será testado um modelo de remuneração por preço fixo para cada grupo de pacientes com o mesmo perfil e tipo de doença.
FenaSaúde
Constituída em fevereiro de 2007, a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) representa 18 grupos de operadoras de planos privados de assistência à saúde, totalizando 23 empresas dentre 1.173 operadoras em atividade com beneficiários. A Federação é presidida por Solange Beatriz Palheiro e tem como diretor-executivo o economista e ex-ministro da Previdência Social, José Cechin. A atual diretoria da FenaSaúde é composta por 14 membros e foi eleita em fevereiro de 2016 para mandato de 3 anos.
Redação Saúde no ar
*Fonte: Rede Saúde Filantrópica