Meu nome é Tati Andrade, sou médica pediatra e especialista em programas do UNICEF e hoje na série “Saúde na Infância” eu vou falar sobre o papel das famílias na atenção à criança pequena. A Primeira Infância, nome dado ao período que vai da concepção da criança até os seis anos de idade, é fase mais importante do desenvolvimento infantil. Durante essa época, a criança estabelecerá seus primeiros vínculos afetivos, aprenderá regras de convivência e, pelas experiências vivenciadas até então, também desenvolverá habilidades para lidar com a complexidade de futuras situações. As famílias são o espaço natural e privilegiado para garantir que cada criança tenha assegurados seus direitos à saúde, à educação, à igualdade, à proteção e à participação, com a absoluta prioridade determinada pela Constituição Federal e o Estatuto da Criança e do Adolescente. Mas o que essa família precisa para cuidar bem dessa criança pequena. Hoje, vou falar brevemente do conceito das competências familiares. Competências familiares são os conhecimentos, os saberes e as habilidades somados à afetividade, as atitudes e práticas das famílias que facilitam e promovem a sobrevivência, o desenvolvimento, a proteção e a participação das crianças de até 6 anos, período que nós chamamos de Primeira Infância. Para cumprir bem o seu papel, a família precisa ser apoiada e fortalecida. Por isso, o governo federal, os estados, os municípios, as empresas e a comunidade em geral precisam desenvolver uma série de estratégias para fortalecer as competências das famílias na atenção às crianças, especialmente das menores de 6 anos.
Quero encerrar essa participação com um poema relacionado a esse tema que destaca o valor da criança pequena na sociedade.
“Somos culpados de muitos faltas e muitos erros, porém o nosso maior crime é abandonar as crianças, desprezando a fonte da vida. Muitas das coisas que precisamos podem esperar. A criança não pode. É nesse momento que seus ossos estão se formando, o seu sangue está sendo produzido e seus sentidos estão se desenvolvendo. Para ela não podemos dizer “amanhã”. Seu nome é hoje.”
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