Uma grande parcela de pessoas que tiveram Covid-19, mesmo nas formas leve ou assintomática, podem apresentar um conjunto de sinais e sintomas que se prologam e não têm causa aparente. Esses casos são chamados de ‘condições pós-covid’. Dificuldade de concentração e memória, conhecida como névoa cerebral; perda prolongada de olfato e paladar; e alterações cognitivas são os sintomas neurológicos mais comuns. Contudo, as condições também podem afetar outros sistemas como cardiovascular, respiratório, gastrointestinal, mental, muscoesqulético e geniturinário.
Dessa forma, o Ministério da Saúde publicou uma nota técnica que reúne as informações mais atualizadas para auxiliar os profissionais na identificação desses casos. Um dos pontos explicados é que as condições pós-covid ocorrem a partir de quatro semanas desde a infecção inicial. Além disso, os sinais e sintomas permanecem a longo prazo, mesmo depois que a pessoa passa pela fase aguda da doença.
Sendo um tema recente, as pesquisas e inquéritos de base populacional que investigam a prevalência das condições pós-covid ainda estão em andamento. A pasta, financia algumas delas, em parceria com instituições e universidades, a fim de entender melhor o cenário no Brasil. De acordo com analise preliminar, da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Complexo da Saúde (Sectics), 40% da amostra de pessoas investigadas apresentou alguma condição pós-covid, com maior concentração no sexo feminino. Obesidade foi considerado o principal fator de risco e os sintomas mais verificados foram dispneia, fadiga e tosse.