A partir de 1º de janeiro de 2019 a fabricação e comercialização de termômetros e esfigmomanômetros (aparelhos que medem a pressão arterial) que utilizem em sua fabricação coluna de mercúrio para diagnóstico em saúde, será proibido. A medida também proíbe o uso destes equipamentos em serviços de saúde, que deverão realizar o descarte correto pela resolução da ANVISA RDC nº 145/2017. Aprovada pelo Ministério da Saúde e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a nova determinação cumpre o compromisso assumido pelo Brasil na Convenção de Minamata, que debateu os ricos do produto para o meio ambiente e a saúde.
Segundo a diretora do Departamento de Saúde do Trabalhador e Saúde Ambiental do Ministério da Saúde, Daniela Buosi, a convenção assinada pelo Brasil e mais 140 países, em 2013, tem como objetivo eliminar o uso de mercúrio em diferentes produtos, como pilhas, lâmpadas e equipamentos para saúde, entre outros, pois apresentam riscos à saúde humana e ao meio ambiente. Segundo a mesma, o mercúrio pode causar problemas ao sistema nervoso central e à tireoide, caso a exposição ao material ocorra por longo tempo.
Para os indivíduos que já possuem o equipamento, o uso doméstico dos termômetros de mercúrio, no entanto, não está proibido pela medida. A população poderá continuar usando os termômetros domésticos, mas com o devido cuidado no armazenamento e no manuseio do aparelho para que não ocorra a quebra do vidro. “Se o termômetro estiver em boas condições, íntegro, não há problema à saúde. O problema ocorre quando o termômetro cai e seu invólucro de vidro quebra e expõe o mercúrio ao ambiente externo e ao usuário”, alerta Buosi. Ela diz que, caso o usuário deseje se desfazer do termômetro de mercúrio, deverá mantê-lo provisoriamente em casa até a divulgação pelo Ministério da Saúde e Anvisa dos pontos de recolhimento, que serão divulgados em breve.
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Fonte: Ministério da Saúde