O dia 29 de maio em diversos países tem como proposta sensibilizar a população e os profissionais de saúde para a importância da correta interpretação dos sintomas e o rápido tratamento, além da adoção de um estilo de vida mais saudável, com uma alimentação equilibrada, além da adoção de um estilo de vida mais saudável, com uma alimentação equilibrada.
Dados apresentados no livro “Distúrbios Funcionais do Aparelho Digestivo”, editado pela Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG), mostram que é significativa a prevalência das doenças de trato gastrointestinal na população brasileira. Segundo a Organização Mundial de Gastroenterologia em média 20% da população mundial sofre de problemas intestinais. Desse número de pessoas, cerca de 90% não procuram um médico para ajudarem a solucionar o problema e acabam recorrendo a automedicação ou até existem aquelas que nada fazem para solução do problema.
Algumas das doenças gastrointestinais mais comuns:
Azia- A azia é o principal sintoma da Doença do Refluxo Gastresofágico (DRGE). É uma sensação de queimação que sobe da região do estômago para o esôfago. O tratamento deve ser feito com mudanças no hábito alimentar, evitando alimentos gordurosos e frituras, condimentos picantes e a ingestão de muito líquido durante as refeições, principalmente refrigerantes gasosos. Evitar também deitar após as refeições, o que favorece muito o refluxo e a azia. O refluxo é o retorno do ácido gástrico do estômago para o esôfago. Ocorre devido a um defeito na válvula que controla a passagem de alimento de um órgão para o outro. Na ingestão dos alimentos a válvula se abre para a passagem destes para o estômago e não volta à posição normal, o que permite que o suco gástrico retorne para o esôfago, machucando as paredes do órgão, o que causa azia e queimação.
Síndrome do Intestino Irritável (SII): Os distúrbios funcionais intestinais respondem por um grande número de atendimentos médicos. A Síndrome do Intestino Irritável (SII) é reconhecidamente uma das mais comuns, sendo descrita em todo o mundo, atingindo homens e mulheres de qualquer faixa etária, sem distinção racial. A cada ano, aproximadamente 60 a 90 milhões de novos casos, em todo o mundo, poderão receber o diagnostico da SII, que é essencialmente clínico, pela inexistência de anormalidades físicas, radiológicas e endoscópicas ou achados laboratoriais indicativos da doença.As queixas principais são representadas por dor ou desconforto abdominal que se aliviam com a evacuação, pela eliminação dos gases, diarréia e/ou constipação intestinal (prisão de ventre).
Constipação Intestinal: De acordo com varias publicações, se constata que a constipação intestinal ocorra em cerca de 20% da população ocidental, sendo mais presente em mulheres, crianças, idosos e nos indivíduos de menor classe econômica. Os principais sintomas são evacuações pouco frequentes, menos de três vezes na semana, difíceis, requerendo esforço, sensação de fezes endurecidas, de pequeno volume ou calibre e defecação incompleta. As causas mais comuns são ingestão alimentar inadequada, sedentarismo, perda do reflexo da evacuação e postura incorreta no ato da defecação, entre outras. O menor consumo de vegetais e leguminosas também comprometem o estimulo para evacuação.
Dispepsia funcional (má digestão): A dispepsia é um distúrbio no aparelho digestivo e é considerada como uma má digestão, geralmente manifestando-se por sensação de empanzinamento, “estufamento” após as refeições, náuseas e eructações (arrotos) frequentes. Pode manifestar-se também por dor no abdômen superior, tipo queimação. Após adequada avaliação clínica realizada através de métodos comuns de imagem (endoscopia e ultrassom), têm-se ao diagnóstico de dispepsia funcional. É um sintoma frequente na população em geral, ocorrendo entre 20% a 40% daqueles que procuram atendimento médico.
Algumas orientações são importantes para o bom funcionamento do aparelho digestivo como: Utilização de alimentos de auto valor nutricional e pouco calóricos, frutas, verduras, cereais, proteínas como peixe e frango; evitar o consumo em excesso de sal, gordura ou de alimentos com conservantes e defumados; mastigar bem os alimentos; fazer a ingestão de pelo menos 6 copos de água por dia; Caminhar pelo menos meia hora todos os dias; e evitar o estresse.
Fonte: Federação Brasileira de Gastroenterologia
O assunto foi tema do programa Excelsior Saúde desta quarta-feira (27.05). A entrevista foi com a Dra. Virgínia Figueiredo, gastroenterologista com transmissão pelas Rádios Excelsior AM 840 e web Saúde no Ar. Excelsior Saúde pelo site: https://redeexcelsior.com.br/ ou pelo aplicativo https://redeexcelsior.com.br/aplicativo/ e Rádio web saúde no ar: https://player.maxcast.com.br/portalsaudenoar0 .Participação pelo telefone/estúdio 71 – 3328-7666 ou pelo whatss app 71- 996813998.
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