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Saúde anuncia que vai começar a distribuir medicamentos que estão perto de perder a validade

CONITEC KIT COVID

Ministério da Saúde informou que vai elaborar um plano para distribuir, com prioridade, milhões de medicamentos que estão prestes a perder a validade.

De acordo com o relatório da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados mostra que, desde 2019, o país desperdiçou R$ 2,2 bilhões em medicamentos, vacinas e outros insumos. Material comprado pelo Ministério da Saúde, estava armazenado e acabou descartado porque perdeu a validade. Segundo a comissão, ainda há 75 milhões de itens a vencer.

Segundo o documento de março até hoje, 27 itens venceram. Entre eles: propofol, um anestésico para cirurgias; e sulfato de morfina, usado para dor intensa; vacinas contra a febre amarela, Covid e meningite; e insumos como seringas.

Na relação de vencidos, aparece a insulina análoga de ação rápida, usada por quem tem diabetes tipo 1. A Sociedade Brasileira de Endocrinologia classifica a situação como preocupante.

“Ver acontecer um descarte de medicação de alto custo, que poderia estar sendo aplicado à população, que se beneficiaria dela, é sempre visto com tristeza”, diz Paulo Augusto Miranda, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.

Além disso, na lista, também estão insumos que vencem até o fim de junho. Só de medicamentos, são 63 tipos, incluindo alguns usados no tratamento de doenças graves e doenças crônicas. Além de 16 diferentes vacinas que rendem mais de 1,6 milhão de doses e de 14 insumos, como kits para diagnóstico de dengue e sarampo.

O Ministério da Saúde afirmou que um grupo de trabalho avalia o estoque do almoxarifado, pois o número de itens a vencer pode ser maior. O governo prepara um plano para distribuir – ainda nesse semestre – insumos e medicamentos antes que eles vençam.

“A gente, então, precisa de um plano para executar a distribuição de forma muito rápida. A estratégia de distribuição vai sair até o final de maio, alinhada com estados, municípios e também a nossa própria rede federal”, afirma Ethel Maciel, secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde.

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