O Ministério da Saúde informou nesta quinta-feira (15) que irá ampliar o programa Mais Médicos em até 1.500 municípios. A oferta de novas vagas compreende as cidades que já participam de programa e 424 novos municípios que ainda não estavam no programa.
Outra mudança é a incorporação do Provab (Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica) no Mais Médicos. A partir de agora os candidatos brasileiros às vagas do Mais Médicos poderão escolher entre os benefícios do programa (moradia e bolsa de R$ 10 mil) ou um bônus de 10% de pontuação adicional na prova para residência, que é previsto no Provab. A intenção do ministério é diversificar o quadro de profissionais no Mais Médicos porque, em geral, o Provab atrai recém-formados.
O programa Mais Médicos foi criado em 2013 para levar médicos às periferias de grandes cidades e aos municípios do interior do país que não dispunham de atenção básica de saúde. As vagas são prioritariamente oferecidas a médicos brasileiros. Quando não há preenchimento de todas as vagas, o programa aceita candidaturas de estrangeiros. Os médicos de fora do Brasil recebem um registro de trabalho por no máximo três anos.
O edital com as novas vagas será publicado amanhã (16) e as inscrições ficam abertas até 29 de janeiro. A expectativa do governo é iniciar as atividades dos médicos selecionados pelo programa a partir de março. O governo fará até três chamadas dos profissionais e o processo todo deve ser concluído até junho.
Cada profissional poderá optar por até quatro municípios. Os que não ficarem em nenhum dos municípios escolhidos terão outras duas chances de escolher vagas remanescentes.
Os números finais de quantos médicos selecionados e municípios beneficiados pelo programa só serão conhecidos em fevereiro após a confirmação das prefeituras que confirmarem a ampliação do Mais Médicos.
Segundo o Ministério da Saúde, o país possui atualmente 1,8 médicos por mil habitantes. O índice é menor do que em outros países, como a Argentina (3,2), Uruguai (3,7), Portugal (3,9) e Espanha (4). A distribuição de médicos no Brasil também é bastante desigual. Em 22 Estados, o número de médicos fica abaixo da média nacional. Ainda segundo o ministério, atualmente 50 milhões de pessoas são beneficiadas pelo Mais Médicos.