Uma reunião da Mesa Administrativa da Santa Casa da Misericórdia de São Paulo deu um importante passo que afasta a possibilidade de fechamento da maior unidade filantrópica de saúde do país. Um anúncio feito nesta segunda-feira (22) pelo superintendente da unidade, Irineu Massaia, confirmava o fechamento de todas as unidades do hospital já nesta sexta-feira (26), caso a Santa Casa não conseguisse um empréstimo de R$ 44 milhões com a Caixa Econômica Federal, que pediu um imóvel como garantia para prosseguir com os tramites do empréstimo, ainda em caráter de avaliação.
Para agilizar o processo de avaliação do empréstimo, a Santa Casa decidiu dar como garantia um imóvel de sua propriedade na Avenida Paulista, orçado em R$ 70 milhões. A decisão da alienação do bem foi acordada em uma reunião que ocorreu na tarde desta terça-feira, com membros da irmandade.
Procurada pela produção do Saúde no Ar, a assessoria de imprensa da Santa Casa da Misericórdia de São Paulo garantiu que com esta medida a unidade assegura o funcionamento, mas que o empréstimo só deve ser aprovado em janeiro. Os R$ 44 milhões servirão para a manutenção de despesas básicas e para regularizar despesas com a folha de pagamento dos mais de 7 mil funcionários que estão com a parcela do 13º salário em atraso.
Para conter a dívida de mais de R$ 400 milhões a Santa Casa implementou um projeto de contenção de despesas, além da demissão de cerca de 1.100 funcionários que trabalhavam no hospital.
Crise: Em estado de alerta já há alguns meses, a crise da Santa Casa da Misericórdia se agravou após ameaças de alguns fornecedores que confirmaram a suspensão dos serviços de lavanderia, alimentação e combustível, caso a unidade não quitasse parte das dívidas.
Afastamento: O provedor da Santa Casa de São Paulo Kalil Rocha Abdalla pediu afastamento do cargo por 90 dias. Com isso ele mantém distante das dos manifestos do movimento Santa Casa Viva, que pede a renúncia do gestor.
Por: Lucas Caldas
