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Combate,diagnóstico e tratamento da Zica, Dengue e Chikungunya

 

Será realizada, em Salvador de 8 a 10 de agosto, a Feira de Soluções para a Saúde – Zika, quando centenas de expositores apresentarão um importante conjunto de soluções para as arboviroses que acometem o Brasil. Interessados podem cadastrar suas soluções até o dia 14 de julho pelo site www.feirazika.unb.br. As inscrições para participar da Feira podem ser feitas até 31 de julho também pelo site do evento.

Segundo o secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, o maior problema de saúde pública do mundo é o mosquito Aedes aegypti e suas arboviroses. Ainda segundo o secretário, por esse motivo, a Feira é um evento de grande relevância, pois trata-se de um encontro científico que reunirá várias organizações do mundo no nosso estado.  “A Bahia foi o primeiro estado a apresentar soluções para o enfrentamento das arboviroses, apresentando resultados práticos. Então, não é por acaso que o encontro será em Salvador.”, afirma.

A Bahia foi o primeiro a desenvolver o teste rápido para vírus da zika, apresentando resultado em 20 minutos. Fabricado pela Bahiafarma, o teste obteve autorização da Anvisa para ser produzido e comercializado no país. O exame detecta a doença em qualquer fase, porque faz o diagnóstico por meio dos anticorpos desenvolvidos pelo corpo da pessoa infectada. O teste é diferente de outros que usavam a técnica “PCR”, que detecta apenas o vírus em si e demorava semanas para apresentar resultado.

Ainda estamos enfrentando uma epidemia global, com mais de três doenças virais transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. A dengue, a zica e a chicungunha continuam a ser um problema que, para Maurício Barreto, coordenador de gestão da Fiocruz, pode ser agravado e a sociedade deve estar preparada.

Reunindo parceiros nacionais e internacionais, a Feira é coordenada pela Fiocruz Brasília e pelo Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde da Fiocruz Bahia (Cidacs), e conta com o apoio do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).

A Feira de Salvador será a primeira de uma série de cinco – cada uma realizada em uma região do País. Todas reunirão pesquisadores, instituições dos setores público e privado e movimentos sociais interessados e comprometidos com o combate às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Da programação, constarão atividades como rodas de conversa, apresentações orais, mesas redondas, oficinas, estandes, manifestações culturais e espaços de comunicação em saúde.

Wagner Martins, diretor da Fio Cruz em Brasília, espera que o encontro desperte o interesse das organizações de fomento de atuação internacional e que eles possam apoiar, por exemplo, financiando novos projetos e também os que já estão em andamento. “Nosso propósito é criar um ambiente de conversação, onde as pessoas possam saber o que está sendo feito e conhecerem alternativas de sustentabilidade para essas iniciativas.”, explica.

Ainda segundo Wagner, os interessados em patrocinar os projetos podem encontrar iniciativas interessantes como da ONG Abraço a Microcefalia, que veio a ser uma solução ao criar uma rede de acolhimento, “isso é muito imporante para as famílias que têm um filho com microcefalia e que encontram dificuldade de encarar essa realidade, que gera muito conflito familiar. Uma organização como essa, que dá suporte a tantas pessoas, é uma inovação extrema”, enfatiza o diretor da Fiocruz.

Durante os três dias do evento, uma rica programação apresentará soluções de caráter social, industrial e de serviços que podem, em muitos casos, ser reproduzidas por diversas pessoas e instituições em todo o Brasil e até no exterior. As soluções serão cadastradas no site www.feirazika.unb.br que, além de permitir a inscrição no evento, vai transformar-se num grande banco de dados de soluções para a saúde.

De acordo com Wagner Martins, é surpreendente a quantidade de soluções práticas no Brasil, seja no campo do serviço, da indústria ou no campo social. Segundo ele, a quantidade de organizações sociais que estão cadastrando seus projetos, com suas soluções inovadoras é muito grande.

Outra atração da Feira será o Hackathon, maratona tecnológica em que os participantes serão desafiados a propor o desenvolvimento de softwares ou aplicativos que facilitem a prevenção e o combate às arboviroses, como zika, dengue e chikungunya.

Nos dois primeiros dias da Feira, a programação contempla também o Seminário Internacional da Resposta Brasileira ao Zika, organizado pelo UNICEF e parceiros. O evento é uma oportunidade de aprendizado sobre as melhores práticas de prevenção do mosquito Aedes aegypti e as estratégias de apoio às mulheres gestantes, famílias e cuidadores de crianças com a Síndrome Congênita do Zika vírus (SCZv) e outras deficiências em âmbito nacional e internacional. Durante o Seminário, especialistas nacionais e internacionais, gestores, pesquisadores, conselheiros de direitos, profissionais de saúde, educação e assistência social e mulheres mães e cuidadores de crianças compartilharão as lições aprendidas em relação a estimulação de crianças com alterações no desenvolvimento no ambiente domiciliar e escolar, ao apoio psicossocial e na garantia de direitos. As vagas para esse seminário são limitadas e haverá inscrição prévia.

As feiras fazem parte do projeto Plataforma de Vigilância de Longo Prazo para Zika vírus e microcefalia no âmbito do SUS, financiado pelo Ministério da Saúde e Fiocruz. Em Salvador, a Feira Soluções para a Saúde – Zika incorpora parceiros importantes como a Universidade de Brasília (UnB), o Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da Primeira Região (Crefito1), o Conselho Nacional das Secretarias Municipais da Saúde (Conasems), o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), o Fundo das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres (ONU Mulheres), o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), a Rede Nacional de Especialistas em Zika e Doenças Correlatas (Renezika), o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai/Cimatec), o Sistema Fieb e o UNICEF.

A iniciativa conta com o patrocínio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS), a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia, Agência Nacional de Vigilância Sanitária e os seguintes órgãos do Ministério da Saúde: Departamento de Ciência e Tecnologia, Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos e Departamento do Complexo Industrial e Inovação em Saúde.

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