Salvador recebeu a classificação de “alerta”, após o Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), que analisou os meses de janeiro e fevereiro deste ano em todo o país. Segundo o LIRAa, a cidade passou de 1,4% em outubro do ano passado para 2,2% este ano — um aumento de quase 60% em três meses. No entanto, o índice também não foi uma surpresa para a coordenadora do programa de combate à dengue da Secretaria Municipal de Saúde, Isabel Guimarães.
Isso porque os maiores índices do LIRAa em Salvador são sempre registrados entre janeiro e março. “Historicamente, são os mais elevados por conta do aumento da temperatura e das chuvas intermitentes”.
Em Salvador, a distribuição dos tipos de focos lembra a de Itabuna: cerca de 80% em caixas d’água e tanques. Além de Salvador, outras 17 capitais estão em alerta, a exemplo de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Em todo o país, 340 municípios estão em situação de risco, enquanto outros 877 estão em alerta. O Nordeste é a região que mais concentra municípios com índice de risco de dengue: 171.
A Bahia tem 11 cidades com risco de epidemia de dengue, e outros 32 municípios— incluindo Salvador e Feira de Santana —em estado de alerta.
O LIRAa é calculado a partir da porcentagem de casas visitadas com larvas do mosquito. O dado orienta as ações de prefeituras e secretarias no controle da dengue — e, mais recentemente, da chikungunya, cujo vírus também é transmitido pelo Aedes Aegypti. Estão em situação de risco as cidades que têm mais do que 3,9% dos imóveis pesquisados com larvas de Aedes aegypti.
Já os que estão em situação de alerta têm resultados que vão de 1% até 3,9%. A pior situação foi de Itabuna, Sul do estado, com índice de 17,8%. Mas, de acordo com o coordenador de endemias da Secretaria de Saúde da cidade, Renato Freitas, o resultado ruim já era esperado.