Material escolar, fardamento e transporte são algumas das preocupações dos pais no período de volta às aulas. Mas outro quesito que não deve ser deixado de lado é a qualidade da merenda oferecida à criança. A coordenadora do curso de pós-graduação em Nutrição Clínica e Funcional do Centro Universitário Estácio da Bahia, Renata Oliveira, dá dicas de como montar um lanche atrativo e saudável.
É importante evitar que a criança compre o lanche na cantina da escola. Desta forma, fica mais fácil garantir a qualidade da alimentação e manter o hábito da alimentação saudável iniciado em casa. Mas não é só o fato de se levar o lanche de casa que vai garantir uma alimentação saudável.
Na correria do dia a dia, alguns pais acabam oferecendo para as crianças sucos de caixinha, refrigerantes, salgadinhos e biscoitos recheados devido à praticidade que esses produtos oferecem. “Produtos industrializados não são recomendados por terem grande quantidade de açúcares, sódio, conservantes e, além disso, anulam a oportunidade de contribuir com a formação do hábito alimentar saudável”, afirma a especialista.
A especialista recomenda incluir na merenda sucos naturais, frutas, biscoito de polvilho, considerando a idade e a capacidade de mastigação da criança. “Para ser atrativo, o lanche deve ser colorido e variado, substituindo preparações hipercalóricas por compostos com ingredientes saudáveis”.
Além dos alimentos industrializados, a nutricionista recomenda também evitar o uso de iogurte, leite e achocolatados no lanche escolar. “Os alimentos lácteos não devem ser os principais escolhidos para os lanches, pois a digestão deles é mais lenta que a dos vegetais e, por isso, podem interferir nas principais refeições, como o almoço, por exemplo. Neste momento deve ser prioritário o consumo de frutas e outros alimentos reguladores. O lanche escolar também é importante na formação do hábito alimentar saudável da criança. O consumo regular de alimentos industrializados e hipercalóricos leva a obesidade, que pode ter como consequência a hipertensão, a dislipidemia e a diabetes”, alerta Renata.
Redação Portal Saúde no Ar*
(M.M.A)