Rússia diz que negociação com Ucrânia avançou e não quer derrubar Zelenski
“Paralelamente à operação militar especial (nome dado pelas autoridades de Moscou à entrada de tropas russas na Ucrânia) também estão acontecendo negociações com a parte ucraniana para acabar o quanto antes com o banho de sangue sem sentido e a resistência das Forças Armadas ucranianas. Alguns progressos foram feitos”, afirmou a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, nesta quarta-feira, 9, dia em que a guerra completa duas semanas.
Os objetivos da Rússia “não incluem a ocupação da Ucrânia, a destruição de seu Estado ou derrubar o governo atual”, declarou em uma entrevista coletiva.
As declarações de Maria Zakharov, entra em contradição com a fala do presidente Vladimir Putin que declarou ter o objetivo de “desnazificar” e que o presidente ucraniano é o “alvo número 1” podendo ser morto a qualquer momento
No último dia 07, um porta voz do governo Russo, listou as condições para o cessar fogo definitivo:
Segundo ele, a operação almeja que a Ucrânia se renda militarmente; mude sua Constituição para garantir que nunca irá aderir à Otan (aliança militar ocidental) ou à União Europeia; e reconheça a Crimeia anexada em 2014 como russa e as regiões separatistas do Donbass, no leste, como independentes. A condição da queda do presidente ucraniano não foi citada.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, e seu homólogo ucraniano, Dmitri Kuleba, concordaram em se reunir na próxima quinta-feira, 10, no sul da Turquia. Essas serão as primeiras conversas entre os principais diplomatas desde que a Rússia lançou sua invasão da Ucrânia.