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Rússia anuncia primeira vacina contra a covid-19

O presidente russo,  Vladimir Putin anunciou nesta terça-feira (11/08) que o país registrou a primeira vacina do mundo contra o novo coronavírus. Ele garantiu que sua filha já tomou a vacina e que ela estará disponível a partir de janeiro. A decisão é questionada  pela Organização Mundial da Saúde (OMS) que pediu o cumprimento dos protocolos e dos regulamentos. Atualmente o país é o quarto em número de casos no mundo, 897.599 pessoas já foram infectadas pelo vírus no país.

O Ministério da Saúde da Rússia deu a aprovação regulatória para o produto, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya de Moscou, após menos de dois meses de iniciados os testes em humanos. “Esta manhã foi registrada, pela primeira vez no mundo, uma vacina contra o novo coronavírus“, disse Putin durante reunião com membros do governo.

De acordo com o presidente, o produto é “eficaz” e superou todas as provas necessárias, além de permitir uma “imunidade estável” face à covid-19. Putin garantiu também que uma das suas duas filhas já recebeu uma dose e que se está se sentindo bem. “Uma das minhas filhas tomou a vacina”, afirmou. “Dessa forma, ela participou da experiência. Depois da primeira vacinação, ela teve 38 graus de febre, no dia seguinte 37, e foi apenas isso”.

A Rússia espera agora poder iniciar a aplicação em massa, mesmo que estejam ocorrendo ainda testes clínicos para comprovar a segurança da vacina. As autoridades russas já tinham anunciado que os profissionais de saúde, professores e outros grupos de risco serão os primeiros a serem imunizados. A vice primeira-ministra da Rússia, Tatyana Golikova, disse que a vacina vai começar a ser administrada a profissionais de saúde, a partir de setembro, e que estará disponível ao público em geral a partir de 1º de janeiro de 2021.

A comunidade cientifica, questiona a decisão de registrar a vacina antes que sejam completada a chamada Fase 3 do estudo – que, por norma, demora vários meses, envolve milhares de pessoas e é a única forma de provar que a vacina experimental é segura e funciona.  Nas últimas semanas, muitos cientistas expressaram preocupação com a velocidade em que estava sendo desenvolvida a vacina. A Organização Mundial da Saúde pediu “diretrizes claras” para o tratamento e o cumprimento dos protocolos e dos regulamentos em vigor.

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Joice Mara Araujo

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