Salvador está cada vez mais quente e as pessoas reclamam do calor. Muitas até estão retomando o velho hábito de andar de guarda-sol em punho para escapar um pouco do calor. A solução, porém, parece ser uma questão de tempo, e vem de um dos países mais frios do mundo, onde um quarto do território fica no Círculo Polar Ártico. Esse país é a Finlândia, que tem apenas cinco milhões de habitantes e o maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do mundo.
Segundo reportagem da revista Superinteressante, um centro de pesquisas tecnológicas desse país desenvolveu um tecido inteligente, à prova de calor,que pode resfriar quem se veste com ele.
A roupa serve também para quem vive em áreas frias (por isso é chamada de inteligente), já que a temperatura pode ser regulada por um aplicativo de celular. Então, nos dias frios você pode esquentar o tecido e nos dias quentes resfriá-lo.
Os pesquisadores pretendem produzir esse tecido em larga escala e a baixo custo. A tecnologia é a seguinte: um líquido frio ou quente é bombeado por vários canais microscópicos, formando uma película plástica “recheada” com esse líquido. Esse tecido pode apresentar diferentes texturas, podendo ser macio e elástico ou duro.
Mas, as pesquisas nesse sentido não se restringem ao país europeu. Nos Estados Unidos, o indiano Kranthi Kiran Vistakula,estudante do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts desenvolveu uma roupa que se adapta às alterações climáticas, mantendo uma sensação térmica constante, independente do clima.
Ainda nos EUA, o professor californiano Joseph Wang, da Universidade criou uma linha inteira de produtos para que você não se preocupe se faz calor ou frio. Os itens podem mantê-lo aquecido ou refrigerado por até oito horas com uma mesma carga.
Como os pesquisadores já descobriram como fabricar esse tecido em grandes quantidades, o próximo passo é desenvolver roupas – chamadas de funcionais – que possam ser usadas por atletas e ao livre. E, é claro, também pelos infelizes e suados moradores dos trópicos. A ideia dele não é apenas dar conforto individual, mas também substituir os grandes sistemas de aquecimento e ar-condicionado, economizando energia.
Redação Saúde no Ar
(A.V.)