Rio registra 824 casos de esporotricose em gatos

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Rio registra 824 casos de esporotricose em gatos

O Centro de Zoonoses Paulo Dacorso Filho (CPDF) e a Unidade de Medicina Veterinária Jorge Vaitsman (UJV), no Rio de Janeiro, já registraram 824 casos de esporotricose em gatos na cidade, apenas de janeiro a julho deste ano. Uma campanha foi lançada na última semana para que o número de casos seja diminuído.

Segundo a Vigilância Sanitária do Rio, a esporotricose é transmitida por um grave tipo de fungo, chamado Sporothrix schenckii, oferecendo risco aos humanos por transmissão direta, na maioria das vezes por falta de assistência veterinária e controle de profilaxia do animal.

A esporotricose é fatal para o animal, a não ser que seja detectada precocemente e cuidada por um veterinário. Embora apresente riscos para os humanos há tratamento disponível e embora possa ocorrer também em cães, os casos são raros.

A transmissão para seres humanos é direta, seja por contato com áreas lesionadas, mordidas ou arranhões, sendo que a maior parte dos pacientes acometidos com a doença apresentam uma saliência vermelha nos membros ou no rosto, geralmente virando ferida. Além de febre alta ou baixa, a pessoa apresenta fortes dores nas articulações.

A doença é muito cruel e o animal sofre muito, apresentando feridas profundas com pus, que não cicatrizam e se espalham por todo o corpo. Além desses sintomas, o gato perde o apetite, emagrecendo de forma anormal, se isolando, espirrando com frequencia e soltando secreção pelas narinas.

“É importante que o diagnóstico seja feito rapidamente e que o animal doente receba o tratamento adequado. Animais doentes não devem nunca ser abandonados. Se isso acontecer, eles vão espalhar ainda mais a doença. Caso suspeite que seu animal de estimação esteja com esporotricose, procure um médico veterinário para receber orientações sobre como cuidar dele sem correr o risco de ser também contaminado”, recomenda Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI), da Fiocruz.

A INI aconselha também que as pessoas usem luvas e lavem as mãos para tocar no animal, que não deve ser manuseado demais, para que a quantidade de fungos possa ser dispersada. Caso o animal morra, deve ser cremado para evitar que o fungo se espalhe pelo solo.
A Fiocruz pede a pessoas de outras partes do país que procurem a zoonose local , para tirar dúvidas e para obter maiores orientação.
Fonte: Jornal Ciência
A.V.

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