O Rio Negro, conhecido pelas águas escuras e extensão de quase 1.700 km, alcançou a marca de 13,59 metros e a seca de 2023. O registro é a pior da história em Manaus. De acordo com os dados desta segunda-feira (16) pelo porto da capital amazonense, que monitora o ritmo de subida e descida das águas.
A pior marca anterior teve registro em outubro de 2010. No período, considerada a seca mais severa desde que as medições hidrológicas foram instaladas no Rio Negro, em 1902. Em setembro deste ano, o Serviço Geológico do Brasil (CRPM) emitiu um relatório em que apontou que o ápice da estiagem só deveria ocorrer nesta segunda quinzena de outubro.
Além de Manaus, quase todos os municípios do Amazonas, vive uma severa crise ambiental. Com a seca, que é recorde e tem deixado comunidades isoladas, a cidade precisou fechar escolas nas áreas rurais e sofre prejuízos na navegação de embarcações e com o escoamento de produção do Polo Industrial.
Além disso, a cidade também enfrenta uma “onda” de fumaça produzida por queimadas ocorridas na região metropolitana. Na última semana, o ar na capital do Amazonas foi considerado um dos piores do mundo.
Assim, a administração municipal disse que vem executando diversas ações para que as zonas rural e ribeirinha da cidade não fiquem isoladas e desabastecidas. Entre as medidas anunciadas estava a abertura de 30 poços artesianos e a distribuição de cestas básicas. Outras medidas também estão em vigor.
De acordo com especialistas, a seca severa que atinge o Amazonas está relacionada, à combinação de dois fatores que inibem a formação de nuvens e chuvas: o El Niño e a distribuição de calor do oceano Atlântico Norte.
Foto: G1