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Respirador criado na USP é aprovado em testes com humanos e tem custo 15 vezes menor

Um grupo de grupo de aproximadamente 40 pesquisadores da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP),da equipe do professor da Poli, Raul González Lima, entre engenheiros biomédicos, mecânicos, mecatrônicos, eletrônicos e de produção, estudantes e representantes da iniciativa privada, se articularam no desenvolvimento do respirador para suprir uma possível demanda do equipamento hospitalar durante a pandemia do coronavírus.
O aparelho foi testado e aprovado e humanos e precisa da aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser comercializado.

Além de ser produzido em apenas 2 horas, o equipamento tem custo vantajoso: enquanto os ventiladores convencionais custam, em média, R$ 15 mil, o valor do Inspire é de cerca de R$ 1 mil, de acordo com os pesquisadores envolvidos.

“O objetivo era ter medidas na frequência da respiração do paciente, para permitir a sincronização do fornecimento de oxigênio do aparelho com a frequência respiratória. Foram testadas várias frequências respiratórias, porque havia controle das variáveis, tais como pressão e vazão”, explica o professor Guenther Krieger Filho, coordenador do Laboratório de Diagnóstico Avançado de Combustão da Poli.

“Buscamos montar um equipamento que pudesse utilizar ao máximo componentes que já existem no mercado brasileiro, não dependendo muito de importação, e que pudéssemos acionar os fabricantes para aumentar sua produção”, disse o professor Raul González Lima, especialista em Engenharia Biomédica.
Respiradores no Brasil.

Os testes com humanos foram feitos com quatro pacientes nas dependências do Instituto do Coração (Incor) do Hospital das Clínicas (HC) da USP, entre os dias 17 e 19 de abril. Na avaliação dos técnicos, o respirador foi considerado aprovado em todos os modos de uso e não houve nenhum problema com os pacientes ventilados.

Segundo o pesquisador Raul González Lima, a Poli-USP é responsável pelo projeto, mas não pela fabricação, que deverá ser feita por empresas com autorização da Anvisa. O projeto tem licença aberta para os interessados em produzir o ventilador.

 

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Jorge Roriz

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