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Repercussão da morte da jornalista Glória Maria

Em 50 anos de carreira, Glória Maria é símbolo da coragem, pioneirismo, alegria e amor ao jornalismo.

“Recebo com muita tristeza a notícia da morte de Glória Maria, uma das maiores jornalistas da história da nossa televisão. Glória foi repórter em momentos marcantes do Brasil e do mundo, entrevistou grandes nomes e deixou sua marca na memória de brasileiros e brasileiras.”

“Foi a primeira repórter a fazer uma entrada ao vivo no Jornal Nacional e se tornou eterna nos programas Fantástico e Globo Repórter. Meu abraço e solidariedade aos familiares, amigos, colegas e admiradores de sua carreira”
Presidente Lula

“Com a morte de Glória Maria, o jornalismo perdeu um dos seus rostos mais conhecidos e respeitados. De origem humilde, Glória Maria, uma mulher negra, tornou-se um ícone da televisão brasileira e protagonista de passagens históricas que marcaram uma geração.” Rodrigo Pacheco, presidente do Senado,

“O Brasil lamenta a morte Glória Maria, um ícone do jornalismo nacional. Minha solidariedade e da Câmara Federal à família e a todos que fazem a imprensa brasileira.” Arthur Lira, presidente da Câmara Federal.

“Nós todos, colegas de Glória Maria, temos consciência de que nenhuma homenagem estaria à altura de tudo o que ela representa. Mas nós tentamos. O encerramento do #JN desta quinta (2) é em memória da jornalista ícone da TV brasileira.” Equipe do Jornal Nacional,via Twitter.

Glória Maria se formou em jornalismo na PUC-Rio. na cobertura do dia a dia: política, economia, violência, tragédias…Tudo isso no mais duro momento da história do Brasil: a ditadura.

Glória Maria passou por todos os telejornais da Globo como repórter. Só para o Jornal Nacional foram duas décadas de reportagens relevantes, como a do acidente que matou o ex-presidente Juscelino kubitschek, em 1976, na Via Dutra. E foi pioneira mais uma vez: a primeira mulher negra a apresentar telejornais: RJTV, Bom Dia Rio, Jornal Hoje. Em 1998, assumiu o Fantástico, onde ficou até 2007. Mas sem jamais abandonar a reportagem.

“Hoje, a minha felicidade é olhar para as duas, é brincar com as duas, é chegar, é o abraço, é o beijo, é a necessidade que elas têm de ficar comigo. Eu não abo mão das minhas filhas por nada”, disse Glória sobre as filhas ao Memória Globo em 2010.

Em agosto de 2003, ela e Pedro Bial entrevistaram com exclusividade para o Fantástico o presidente Lula, no início do primeiro mandato.

Foi em Salvador, num orfanato, que ela conheceu o amor incondicional, e adotou as irmãs Laura e Maria.

“Não sei viver sem liberdade, aprendi isso com minha família. A minha avó, que veio da escravidão. E ela dizia: ‘Você nunca pode permitir que tirem a sua liberdade, porque a nossa história é de falta de liberdade. Nós fomos acorrentados. Você não pode permitir que te coloquem correntes de novo” Glória Maria

“O general Figueiredo não me suportava, porque, quando ele foi indicado, a gente foi fazer lá aquela famosa fala dele lá na Vila Militar e que ele dizia que ‘para defender a democracia eu bato, prendo e arrebento’. Eu era muito boa em português, sou muito boa, e ele citou uma coisa da gramática que não existia mais. Aí eu falei: ‘Presidente, me desculpa, mas o senhor tem que aprender um pouco mais a gramática portuguesa, porque isso que o senhor falou não existe na gramática’. Ah, Pedro: ‘Tira essa mulher daqui, tira a essa mulher daqui’.” Glória Maria.

 

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