Atualmente existem no Brasil 53 projetos de PPP (Parceria Público Privada) em andamento para a renovação do sistema de iluminação urbana. Quem conta isso é Rodrigo Reis, sócio da empresa de tecnologia Radar PPP.
Segundo André Gomyde Porto, presidente da Rede Brasileira de Cidades Inteligentes e Humanas, cidades inteligentes são as que usam tecnologias digitais para resolver problemas urbanos, melhorar a qualidade dos serviços, reduzir custos e consumo de recursos, e se comunicar mais efetivamente com os cidadãos.
Assim, utilizar o parque de iluminação para capturar informações é uma boa oportunidade de integrar tecnologias, uma vez que as cidades já estão se planejando para fazer a troca.
O conceito de cidades inteligentes vem ganhando espaço e o mercado será de US$ 1 trilhão até o ano que vem, de acordo com uma pesquisa da Pike Research, consultoria americana especializada em tecnologias limpas.
Empresas vendem soluções
Até 2023, a receita gerada para empresas que vendem soluções deve atingir US$ 27 bilhões. E os benefícios podem se estender à logística de eventos, ajudando a evitar congestionamentos e filas, à prestação de serviços, e até no planejamento de políticas públicas, à medida que esses avanços tornam o feedback mais fácil e rápido e são criados canais mais diretos de comunicação entre cidadãos e administradores.
Gomyde explica que sensores de áudio, vídeo, movimento ou de características ambientais, como temperatura e qualidade do ar, podem ser acoplados aos postes de luz, que são semelhantes aos já existentes. A diferença é que, se o programa de controle da iluminação LED a distância já estiver instalado, as informações podem ser enviadas a uma central a partir do mesmo dispositivo que conecta as lâmpadas.
Nos Estados Unidos (EUA), a prefeitura de San Diego, por exemplo, monitora em tempo real o estacionamento de carros em vias públicas através de um sistema instalado nos postes de iluminação. Outro mecanismo disponível é o ShopSpotter, um detector de ruídos que avisa a central de polícia, em 15 segundos, sobre tiros de armas de fogo.
A novidade é que pelo barulho, ele consegue detectar o tipo de arma usada e a localização do disparo — de maneira mais confiável do que relatos de pessoas pelo atendimento de emergência.
Redação Saúde no Ar
(A.V)