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Remédio para tratamento de covid-19 pode custar até 16,5 mil por paciente

Na procura por medicamentos eficaz contra o coronavírus, uma empresa farmacêutica norte-americana Gilead Sciences, anunciou o valor no qual será vendido o antiviral remdesivir, remédio que pode ser receitado para o tratamento da COVID-19. Por conta da pandemia a droga recebeu autorização emergencial em maio para ser receitada a pacientes com a doença, emitido pela Food and Drug Administration (FDA).

O acesso ao tratamento com remdesivir em um hospital privado nos Estados Unidos custará US$ 3.120 (o que representa mais de R$ 16,5 mil) por paciente. A maioria dos pacientes tratados com remdesivir deve utilizar seis frascos do medicamento em cinco dias, totalizando os US$ 3.120. Já o tratamento mais longo, com duração de 10 dias, utilizará em média de 11 frascos com o valor de US$ 5.720 (cerca de 30 mil reais) para os pacientes com seguros de saúde privados.

Nos EUA, os medicamentos são comercializados por dois preços, um destinado as planos e outro ao governo.A farmacêutica esclarece que venderá o remdesivir por US$ 390 (cerca de dois mil reais) por frasco para governos “de países desenvolvidos” em todo o mundo, enquanto o preço para as companhias de seguros privadas dos EUA será de US$ 520 (cerca de 2,7 mil reais).

O potencial de retorno financeiro da fórmula é enorme, já que somente nos Estados Unidos são mais de 2,5 milhões de contaminados pelo coronavírus, segundo o mapa da doença da Organização Mundial da Saúde (OMS). Ainda esse mês, em julho, os primeiros medicamentos já devem chegar aos centros de saúde no país e, inclusive, a farmacêutica prevê doações diretas da droga para o governo dos EUA.

Testes e Eficacia

Ainda sem um medicamento COVID-19 aprovado integralmente pela FDA, pesquisadores já possuem algumas evidências da eficacia do remdesivir no tempo de recuperação de pacientes graves. Em abril, o Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos EUA divulgou resultados de estudo que mostrava a eficácia do antiviral e que os pacientes medicados se recuperavam cerca de quatro dias mais rápido do que aqueles que não usaram.

No Brasil, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) afirmou, no mês de maio, que estava em contato com a farmacêutica para acompanhar a evolução dos estudos.

 

Fonte: G1 / Canal Tech

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