A comparação entre refrigerantes zero e sucos naturais é comum no imaginário popular. Muitos acreditam que as versões “zero açúcar” são opções melhores por conterem menos calorias, mas a realidade é mais complexa. Apesar de não conterem açúcar, os refrigerantes zero são ricos em aditivos químicos, como adoçantes artificiais, corantes e conservantes, que, segundo estudos, podem impactar negativamente a microbiota intestinal e aumentar o risco de problemas metabólicos a longo prazo.
Já os sucos naturais, apesar de apresentarem mais calorias devido aos carboidratos das frutas, como frutose, sacarose e glicose, são fontes valiosas de vitaminas, minerais e antioxidantes essenciais para a saúde. No entanto, a melhor maneira de consumir frutas é in natura, pois a fruta fresca oferece fibras e promove benefícios metabólicos mais significativos do que o suco. Ainda assim, para hidratar-se, a água continua sendo a opção mais recomendada.
“A disseminação de informações equivocadas pode influenciar escolhas alimentares que prejudicam a saúde. Em tempos de ‘infodemia’, conteúdos sem embasamento científico podem se espalhar mais rápido que a verdade”, alerta Erika Carvalho, presidenta do Conselho Federal de Nutrição. “Assim como no combate às notícias falsas, quando se trata de alimentação, o foco deve estar em informações confiáveis e em escolhas baseadas na ciência”, reforça.
A qualidade nutricional deve ser o principal critério ao escolher entre essas opções. Substituir sucos naturais por refrigerantes zero pode privar o organismo de nutrientes essenciais, reforçando a importância de escolhas alimentares que priorizem saúde, e não apenas calorias. Decisões conscientes exigem informações confiáveis e orientação de profissionais qualificados, como nutricionistas, que são fundamentais para esclarecer dúvidas e auxiliar na construção de uma alimentação equilibrada.
Embora a internet ofereça acesso rápido a informações, é necessário cautela diante da disseminação de mitos e desinformações. Escolhas alimentares devem considerar não apenas o número de calorias, mas também a qualidade nutricional e os impactos a longo prazo na saúde. O equilíbrio e a variedade continuam sendo pilares essenciais para uma vida saudável e sustentável.