Raiva: Como ficar imune a essa doença

O Subcoordenador de Apoio Diagnosico do Centro de Controle de Zoonoeses de Salvador, Aroldo Carneiro, e a Chefe do Setor de Vigilância e Controle de Raiva, Danielle Dantas, com a participação da Coordenador da Pastoral da Criança, Robson Gerson Santos, forqm os nossos convidados desta quinta- feira (04/07, no Programa Saúde no ar com transmissão ao vivo pelas Rádios Excelsior AM 840 e Radio Web Saúde no Ar, sob o comando de Patrícia Tosta.

Tema – Raiva – Como ficar imune a doença.

A raiva (também conhecida, impropriamente, como hidrofobia), é uma doença infecciosa que afeta os mamíferos causada pelo vírus causada por um vírus da família Rhabdoviridae, gênero Lyssavirus e espécie Rabies virus (RABV) Ele afeta inicialmente os nervos periféricos e depois no sistema nervoso central e dali para as glândulas salivares, de onde se multiplica e propaga.

É uma zoonose (antropozoonose) que tem como hospedeiro, reservatório e transmissor, o mamífero contaminado e é transmitida através da mordedura, arranhadura ou lambedura do animal contaminado. A transmissão também pode ocorrer Via respiratória – Pela inalação de aerossóis, contendo o vírus da raiva, provavelmente pela penetração pela mucosa da oro-faringe ou das vias aéreas superiores. Os casos descritos na literatura científica foram em 2 indivíduos que entraram em cavernas, densamente povoadas por morcegos infectados (milhões de espécimes – EUA) e 2 pessoas que manipularam o vírus da raiva em laboratório, sem que os mesmos tenham recebido vacina contra a raiva em esquema de pré-exposição e não adotaram medidas de biossegurança adequadas, tanto de proteção individual (EPI), quanto coletiva (EPC).

A pessoa que se vacinar contra a raiva ( quatro doses) fica imune a doença.  Uma pessoa que não tomou a vacina e  foi mordida por um cão contaminado, ela precisa tomar o soro. Isso é independente do local ou gravidade da lesão.
Os sintomas incluem febre, dor de cabeça, salivação excessiva, espasmos musculares, paralisia e confusão mental.
Procure atendimento médico imediatamente depois de uma mordida ou suspeita de mordida. Não há tratamento específico para a raiva. Depois que os sintomas aparecem, a doença é quase sempre fatal.

A doença, que acomete os mamíferos em geral, é

O que fazer quando agredido por um animal mamífero que pode ter a doença:
– Lavar imediatamente o ferimento com água e sabão.
– Procurar com urgência o Serviço de Saúde mais próximo.

– Não matar o animal, e sim deixá-lo em observação durante 10 dias, para que se possa identificar qualquer sinal indicativo da raiva.

– O animal deverá receber água e alimentação normalmente, num local seguro, para que não possa fugir ou atacar outras pessoas ou animais.

– Se o animal adoecer, morrer, desaparecer ou mudar de comportamento, voltar imediatamente ao Serviço de Saúde.

– Nunca interromper o tratamento preventivo sem ordens médicas.

– Quando um animal apresentar comportamento diferente, mesmo que ele não tenha agredido ninguém, não o mate e procure o Serviço de Saúde.

Segundo, Aroldo Carneiro, os principais mamíferos transmissores da raiva são: gato, morcego, macaco, raposa “Esses cinco animais são os principais mamíferos transmissores da ráiva no Brasil”. Aroldo recomenda que após a pessoa ser mordida deve “lavar o ferimento por 15 minutos com água corrente” e em seguida procurar o posto médico.

Danielle Dantas destaca que após a contaminação não sendo vacinada a taxa de mortandade é de 100%. Segundo ela,  Só existe 05  casos na literatura de  pessoas que  sobreviveram ( após a manifestação dos sintomas).

Já Aroldo diz que a pessoa pode sobreviver mas terá sequelas neurológicas. E esclarece que não falta a vacina  nos postos de saúde.  Em Salvador ,através do telefone 156 ou  no site da Secretaria da saúde, o interessado pode obter a relação dos postos de Saúde que possui a vacina. “Quem tem cães e gatos acima de três meses de idade  e ainda não levou para serem vacinados, devem levar imediatamente”, afirmou Aroldo.

Assista o vídeo do Programa:

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