A casca da árvore conhecida como Quina do Mato (Bathysa cuspidata – nome científico da espécie) é velha conhecida dos moradores mais antigos da Serra do Brigadeiro, na Zona da Mata de Minas Gerais, usada para tratar problemas digestivos e cicatrizar feridas difíceis. Agora, uma pesquisa da Universidade Federal de Viçosa (UFV) comprovou estas possibilidades da planta, e concluiu que ela também pode ajudar na cura de problemas no fígado, no pulmão, na pele e até tratar câncer no intestino.
As conclusões vieram depois de cinco anos de levantamentos, pesquisas e testes com animais realizados pelo grupo de pesquisa Bioprospecção Molecular no Uso Sustentável da Biodiversidade (Biopros), que reúne pesquisadores de diferentes áreas com linhas de pesquisas complementares.
Segundo reportagem do G1, as descobertas sobre a Quina do Mato resultam dos desdobramentos de um trabalho de catalogação que confirmou as capacidades medicinais de plantas usadas por moradores da região.
De acordo com o professor , do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular da UFV, o ponto de partida foi mesmo a sabedoria popular. Ele conta ter conversado com os moradores para entender quais plantas eles usavam e para quais finalidades. A partir disso os estudos para comprovar se as espécies tinham algum potencial para serem usadas nos campos da medicina, cosmético, alimento e agricultura foram iniciados.
O professor disse que as cascas e folhas da árvore apresentadas pelos raizeiros foram encaminhadas para um botânico de identificação dissecar a composição da planta para comprovar botanicamente esta espécie, conhecer a composição química da planta e produzir extrato vegetal que foi administrado em animais que com determinados problemas de saúde para verificar a eficácia, acrescentou.
Tratamento dos pulmões
A UFV divulgou alguns dos resultados da pesquisa de doutorado da professora do Departamento de Biologia Animal, Reggiani Vilela Gonçalves. Ela analisou os efeitos da Quina do Mato no fígado de ratos lesados. Após os resultados bem sucedidos, foram avaliadas as possibilidades no tratamento de pulmões afetados pelos males do cigarro ou outras substâncias tóxicas.
O mais importante foi que, diante de novos resultados positivos, foi testada a eficácia contra o câncer no cólon intestinal. Em todos eles, dependendo da gravidade do caso, os extratos da Quina do Mato ajudam a reparar os tecidos danificados ou impedir o avanço da doença.
Após os resultados, o grupo já fez o pedido de patente do uso farmacológico da Bathysa cuspidata e o trabalho continua nos laboratórios de Patologia Experimental, do Departamento de Biologia Animal, e de Biodiversidade, do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular da UFV para avançar nos estudos.
O pesquisador alerta que não é para as pessoas saírem correndo atrás de compostos com a Quina do Mato, porque as pesquisas continuam para que no futuro a composição química adequada para cada doença derivada da planta chegue ao mercado. Segundo, porque existem várias plantas conhecidas como “quina” e nem todas podem ter capacidade terapêutica.
A.V.
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