Projeto realiza a maior pesquisa em genética psiquiátrica do Brasil e seleciona pacientes voluntários; saiba como participar

 

Serão 120 mil pacientes com diagnóstico de transtorno bipolar ou esquizofrenia, sendo 10 mil deles apenas no Brasil.

O projeto PUMAS, que investiga a diversidade das bases genéticas da esquizofrenia e do transtorno bipolar em mais de oito países, está recrutando brasileiros para realizar o sequenciamento genético e entender como a diversidade étnica pode impactar os transtornos mentais graves. Serão 120 mil pacientes com diagnóstico de transtorno bipolar ou esquizofrenia, sendo 10 mil deles apenas no Brasil. Até agora, o projeto atingiu a marca de seis mil pacientes entre casos e controles.

O PUMAS é multicêntrico, fruto de uma colaboração entre Estados Unidos, México, Colômbia, Quênia, Nigéria, África do Sul, Etiópia, Uganda e Brasil. Financiada pelo National Institute of Mental Health (NIMH), esta é a maior pesquisa em genética psiquiátrica já realizada no Brasil e uma das maiores do mundo. A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) é a instituição-sede do projeto no País.

O professor da Escola Paulista de Medicina (EPM/Unifesp) Ary Gadelha, pesquisador principal no Brasil, diz que o objetivo do estudo é auxiliar no entendimento dos mecanismos genéticos e moleculares relacionados à esquizofrenia e ao transtorno bipolar.

“Para aumentar a capacidade de compreensão das bases genéticas dos transtornos mentais, o campo necessita expandir consideravelmente o tamanho amostral e a
diversidade de populações dos estudos genéticos. Apesar de existirem evidências sobre as influências genéticas na etiologia dos transtornos mentais, a maioria desses
achados referem-se a populações majoritariamente caucasianas”, comentou.

Além do professor Ary Gadelha, o projeto conta com suporte de uma equipe multidisciplinar composta por bolsistas e pesquisadores. Os professores Sintia I. Belangero, do Departamento de Morfologia e Genética, e Marcos Santoro, do Departamento de Bioquímica, ambos da EPM/Unifesp, também fazem parte do estudo.

Como participar
No Brasil, o recrutamento está sendo liderado pelos pesquisadores da Unifesp e será realizado com o apoio de cinco instituições para captação de indivíduos: Centro de
Atenção Integrada à Saúde Mental (São Paulo), Hospital Professor Frota Pinto (Fortaleza), Hospital Universitário Professor Edgard Santos (Salvador), Pax Clínica (Goiânia) e Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (Belém).

Podem participar pessoas de 18 a 60 anos, com diagnóstico de esquizofrenia e transtorno bipolar que moram em uma dessas cidades. A participação é livre de custos. As despesas com transporte e alimentação no dia da coleta serão cobertas pela pesquisa.

Para participar ou ter mais informações, é só enviar um e-mail para pesquisapumasbrasil@gmail.com ou por meio de uma mensagem pelo WhatsApp para (11) 97874-3183.

Sobre o PUMAS
PUMAS – Populations Underrepresented in Mental illness Association Studies (em português, populações sub-representadas em estudos de associação sobre as doenças mentais). O projeto visa contribuir para o maior entendimento das bases genéticas dos transtornos psicóticos, bem como para a investigação de novas variantes genéticas associadas aos transtornos psicóticos em amostras brasileiras, além de possibilitar o desenvolvimento de novas ferramentas e algoritmos para o diagnóstico desses transtornos.

 

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