95 profissionais do Mais Médicos podem ser desligados do programa. O Tribunal de Contas da União (TCU) solicitou que o Ministério da Saúde revise, avalie e, se necessário, afaste os profissionais. Recrutados no acordo de cooperação com a Organização Pan-Americana de Saúde, os médicos não alcançaram a pontuação mínima necessária no módulo de acolhimento, uma espécie de curso preparatório dado para profissionais, antes deles iniciarem as atividades de campo. Pela regra, eles deveriam ter sido reprovados ou ter feito curso de recuperação. Mesmo assim, tiveram autorização para iniciar o trabalho.
Segundo avaliação dos auditores do TCU, pelo menos 4.375 dos profissionais (31,73%) trabalham sem supervisão. O trabalho apontou ainda que atividades de tutoria dos profissionais que atendem nas unidades básicas de saúde são feitas de forma superficial.
O TCU determinou que, em um prazo de 60 dias, o Ministério da Saúde crie mecanismos para que tutores passem a se dedicar à orientação acadêmica dos profissionais. Auditores identificaram ainda que dos 2.143 municípios que receberam profissionais do Mais Médicos no ano de 2013, pelo menos 127 deles possuíam, em abril de 2014, menos equipes de atenção básica — um indício de que prefeituras poderiam ter dispensado profissionais para contar apenas com integrantes do Mais Médicos.
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