Profissionais das áreas da Saúde e da Educação de Salvador participam, até esta quarta-feira (12), do curso Primeira Infância Antirracista, na sede da Organização do Auxílio Fraterno (OAF), na Liberdade. A atividade é promovida em parceria pelas secretarias municipais de Educação (Smed), de Políticas para as Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ) e da Saúde (SMS), além do Núcleo Especial de Apoio à Primeira Infância (Neapi) da Secretaria Municipal de Governo (Segov) e Unicef.
O primeiro dia da capacitação, ocorrida na terça-feira (11), foi voltada para cerca de 200 educadores da rede municipal de ensino – nesta quarta, é a vez dos agentes comunitários de saúde. A ação é dividida em dois momentos, sendo que, no período da manhã, são realizadas palestras e, à tarde, há uma discussão em grupos, onde cada um abordou a temática dos impactos do racismo na primeira infância.
A coordenadora de Educação Infantil da Smed, Karla Chaves, declarou que estão sendo revisados os materiais dos professores, crianças e família em uma perspectiva afro centrada e antirracista. “Já incluímos a temática de discussão desse pertencimento e dessa ancestralidade desde os bebês até as crianças maiores”, pontuou.
Entre as ideias apresentadas pelos grupos foi promover o orgulho da criança quanto à aparência étnica e apresentar heróis e figuras negras para a juventude desde o começo do aprendizado. Outra proposta foi falar da cultura negra no contexto cristão, expressando também a liberdade religiosa.
“O evento está maravilhoso, foi organizado com muito carinho, trouxemos palestrantes qualificados para dar fortalecimento a essa pauta que é tão importante para a primeira infância”, declarou a coordenadora de Transversalidade da Smed, Gilmara Santos.
A coordenadora pedagógica da rede municipal, Edilene Fonseca, ressaltou que a maioria do público atendido é composto por crianças negras. “Então, fico muito feliz pela iniciativa da Unicef, junto com a Prefeitura, para disparar essa pauta e que a gente efetivamente consiga praticar e empreender boas práticas para segurar uma infância bem vivida e protegida dessas atitudes racistas”, disse.
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