O professor queniano, Peter Tabich, 36, que doa 80% do seu salário para ajudar os pobres foi escolhido o “melhor professor do ano”, e recebe de prêmio US$ 1 milhão.
Considerado o Nobel da Educação, o Global Teacher Prize é realizado há cinco anos pela Varkey Foundation – uma organização sem fins lucrativos criada para promover a educação. Foram mais de 30 mil professores inscritos, dos quais 50 foram pré-selecionados para a semifinal e apenas 10 vieram a Dubai para a grande final. O evento atraiu mais de 1.700 pessoas de 144 países.
Ele ensina ciências em uma região remota do Quênia para alunos de diversas etnias e religiões, em situações extremamente precárias, foi reconhecido durante o Global Education and Skills Forum, realizado em Dubai, nos Emirados Árabes.
Participação dos brasileiros
A professora brasileira Débora Garofalo, que a ensina robótica na Escola Ary Parreiras, na periferia de São Paulo, e transforma lixo em robôs, ficou entre os dez maiores professores do mundo.
Outro brasileiro, o pernambucano Jayse Ferreira, também figurou na lista dos 50 melhores professores do mundo.
Muito emocionado, o queniano subiu ao palco do evento para agradecer seus alunos e dizer que acredita no poder da ciência para mudar a África.
A brasileira no top 10 Débora Garofalo falou com exclusividade ao G1, e, sem mostrar nenhum abatimento pelo fato de não ter sido eleita, a professora de São Paulo prometeu levar seu trabalho para ainda mais escolas não só pelo Brasil, mas por todo o mundo. “Acredito que o projeto vai ser multiplicado por outros países. Recebi uma mensagem do Vaticano, do papa Francisco, querendo implementar e levar nosso trabalho adiante. Então não tem motivo para ficar triste. Estou muito feliz!
“Todos os dias, em nosso continente, nós viramos uma nova página. E hoje escrevemos uma nova. Esse prêmio não é um reconhecimento a mim, mas sim aos jovens desse grande continente que é a África. O Global Teacher Prize diz a eles que eles podem fazer qualquer coisa. O dia é uma criança e há uma nova página a ser escrita. É a hora da África”, disse.
O presidente queniano, Uhuru Kenyatta, presente na premiação, afirmou:
“Você nos dá fé de que os melhores dias da África estão adiante. Sua história, Peter, é a história de nosso continente. Tudo o que precisamos é estarmos unidos para darmos aos alunos uma chance”.
Segundo dados da Varkey Foundation, Um terço dos alunos de Peter é órfã e 95% deles tem origem muito pobre
Com uma conexão de internet de baixíssima qualidade e apenas um computador, Peter possui 58 alunos e os alunos tem problemas com tráfico de drogas, gravidez prematura, abandono escolar e suicídios
Alguns alunos precisam caminha 7km para chegarem até a escola.
Apesar das dificuldades, seus alunos criaram um dispositivo que ajuda pessoas cegas e surdas a medirem objetos e se classificaram para a feira internacional de ciências e engenharia, promovida pela Intel. Com outra experiência, sua turma de ciências levou o prêmio de química da Royal Society of Chemistry, por usar uma planta para gerar eletricidade.
Apesar das dificuldades, seus alunos criaram um dispositivo que ajuda pessoas cegas e surdas a medirem objetos e se classificaram para a feira internacional de ciências e engenharia, promovida pela Intel. Com outra experiência, sua turma de ciências levou o prêmio de química da Royal Society of Chemistry, por usar uma planta para gerar eletricidade.