Produzido pela Fundação Oswaldo Cruz,, o kit NAT Plus, detectou uma bolsa de sangue infectada com malária no hemocentro do Rio de Janeiro.
O kit que teve implantação em dezembro do ano passado, na hemorrede brasileira, já encontrou 12 bolsas de sangue infectadas pelo patógeno. Seis na Região Norte, duas no Nordeste e quatro no Sudeste (todas no Rio de Janeiro, área considerada não endêmica).
Como cada bolsa pode alcançar até quatro pessoas, a descoberta pode ter impedido que 48 receptores de sangue tenham sido infectados.
Além da malária, o kit NAT Plus, que já testou mais de 500 mil bolsas de sangue desde a implantação, também detecta HIV, hepatite B e hepatite C. De acordo com a Fiocruz, o diferencial do produto em relação a kits da rede privada é que somente ele tem sensibilidade ao alvo malária.
“O ganho é maior, pois não se tem implementado os testes para malária em áreas não endêmicas, então muitas vezes a doença está naquela região sem que se saiba de sua circulação. Às vezes acontece de se ter uma infecção que não é detectada por teste da gota espessa, TR ou anamnese, e o diagnóstico molecular vem somar a todas essas ações para que o receptor tenha a segurança necessária”, afirma a especialista científica em diagnóstico molecular de Bio-Manguinhos/Fiocruz, Patricia Alvarez.
A primeira geração do kit NAT brasileiro é oferecida desde 2011. A implantação do NAT Plus está prevista para ser concluída até 2024, quando, segundo a Fiocruz, o kit deve ser disponibilizado nos 14 hemocentros públicos do Brasil.