A partir de hoje (19), baianos e turistas que pretendem sair de casa, encontrarão mudanças em alguns pontos considerados críticos da capital baiana. As modificações serão realizadas nas vias de acesso das Avenidas ACM, Tancredo Neves, Mário Leal Ferreira (Bonocô), Luiz Viana Filho (Paralela) e Paulo VI, além no trecho sentido Lucaia. As alterações viárias fazem parte do programa de mobilidade da Prefeitura e visam dar maior fluidez ao tráfego de veículos. Segundo a Superintendência de Trânsito e Transporte de Salvador (Transalvador), a região é alvo de uma das mudanças mais profundas previstas pelo programa de mobilidade. Mais informações sobre as alterações. Clique aqui!
As mudanças no trânsito em algumas vias da cidade podem causar aos condutores um transtorno, provocando até um estresse, dentre outras doenças. Um levantamento realizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), registrou que a doença atinge cerca de 90% da população global. O estresse está diretamente ligado a uma série de doenças, como câncer, depressão, diabetes e principalmente a hipertensão. De acordo com Ministério Público, cerca de 130 mil infartos são causados pelo estresse diário, no Brasil.
O rodoviário e coordenador de comunicação do sindicato dos rodoviários, Daniel Mota, comenta que os motoristas de ônibus passam por muitos problemas no trânsito. “Eu costumo dizer que o trânsito é um sangue que “serpenteia” nas veias da nossa cidade”, enfatiza. O rodoviário ainda ressalta que a falta de mobilidade urbana e o congestionamento fazem com que os ônibus coletivos tenham que competir por espaço com os outros automóveis, por carência de poucas vias exclusivas para esses veículos.
Daniel também explica que a categoria dos rodoviários sofre com a perda de 20% de seus funcionários por causa de problemas com doenças ocupacionais. “O rodoviário precisa estar mais atento, porque os motoristas sofrem muito com a questão do estresse emocional e psicológico motivado pelos problemas da mobilidade urbana em Salvador”, salienta.
A psicologia Gisela Tapioca explica que existe um contexto contemporâneo que causa muito estresse e pressão, e isso reflete no trânsito. “Acho que o trânsito implica em um tripé entre pedestres, os motoristas de carros, ônibus e motos, e espaço. A primeira questão é que estamos apertados no espaço, havendo uma pressão nesse sentido. E outra está altamente relacionada as pessoas que ficam impacientes, angustiadas e ansiosas no trafego”, acrescenta a psicóloga.
Na ocasião, Gisela ainda cita exemplos de funcionários que ocupam duas funções durante a sua carga horária de trabalho, nesse caso, os motoristas de ônibus que também exercem a função de cobrador dependendo do veículo. Para a psicóloga, essas pessoas deveriam ter uma menor quantidade de horas no trabalho, mais tranquilidade e melhor ambiente para exercer suas atividades.