A endometriose acomete cerca de 15% das mulheres brasileiras em idade fértil – entre 13 e 49 anos – no país. A doença que muitas vezes fica escondida atrás de uma cólica menstrual intensa pode trazer graves problemas e precisa ser acompanhada de perto por especialistas.
“A patologia tem alta incidência e a Bahia está carente deste tipo de atendimento. As mulheres precisam ser amparadas do ponto de vista físico e até emocional. E no Centro vamos oferecer todo este suporte”, explica Dr. Marcos Travessa, médico cirurgião ginecológico e diretor médico do Centro de endometriose da Bahia.
O projeto pioneiro no estado será um aliado das mulheres que convivem com a doença. O Centro vai oferecer um atendimento personalizado para identificar o problema de forma individual e tratá-lo de maneira humanizada.
Com o suporte de uma equipe completa e especializada será possível fazer um diagnóstico preciso e oferecer um tratamento avançado. “A complexidade da patologia exige que a paciente seja acompanhada por uma equipe multidisciplinar. E este trabalho em conjunto ajuda a trazer resultados mais exitosos para estas mulheres”, afirma Travessa.
A unidade foi lançada durante o I Simpósio do Centro de endometriose da Bahia, realizado na última quarta-feira (08), em Salvador. O evento contou com a presença do Dr. Cláudio Crispi, referência mundial no acompanhamento de pacientes com endometriose e presidente do Instituto Crispi de cirurgias minimamente invasivas.
“As mulheres que sofrem com essa patologia carecem de entendimento. Elas precisam ser escutadas e reconhecidas. A falta de compreensão e tratamento podem causar problemas até sociais para essas mulheres, acabando com a competência de convivência diária, fazendo-as perder emprego e até a relação familiar. É preciso ouvi-las e esta iniciativa na Bahia é fundamental”, comemora Crispi.
A endometriose é uma disfunção do endométrio, uma camada do útero, sensível às alterações do ciclo menstrual. Em organismos saudáveis, caso não haja fecundação, parte do endométrio é eliminada durante a menstruação. Em mulheres com endometriose, esta parte segue outro fluxo e cai nos ovários ou na cavidade abdominal. Esta patologia causa sintomas como cólicas menstruais intensas e dores pélvicas incapacitantes podendo ter consequências como infertilidade e comprometimento de órgãos como trompas e ovários e em casos mais avançados intestinos, rim, bexiga, entre outros.
Fonte: Ascom Endometriose BA
Foto: Ascom Endometriose BA
Redação Saúde no Ar