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Primeiro anticoncepcional masculino tem 97% de eficácia

Pesquisadores indianos anunciaram a criação do primeiro método anticoncepcional masculino, a aplicação em forma de vacina será feita na região dos testículos, podendo durar até 13 anos com eficácia comprovada de 97%. A camisinha, um dos métodos mais utilizados na prevenção da gravidez, fornece proteção de 98%. A previsão é que o lançamento do produto seja feita em 2020.

O método chamado de RISUG (sigla, em inglês, para Inibição Reversível do Esperma Sob Controle), já passou por testes clínicos. Os resultados foram enviados para Controlador Geral de Remédios Indianos.

“O produto está pronto, com apenas aprovações regulatórias pendentes”, informou R.S. Sharma, cientista sênior do Conselho Indiano de Pesquisa Médica (ICMR), em entrevista ao site Hindustan Times. A aprovação ou não do anticoncepcional masculino deve acontecer em até sete meses.

O contraceptivo é uma injeção que, aplicada na região próxima aos testículos, inibe a produção de espermatozoides. A técnica dura até 13 anos, podendo ser reversível. A ideia dos pesquisadores é que o método, chamado inibição reversível do espermatozoide sob orientação, substitua a vasectomia.

O método é administrado sob anestesia local e pode ser revertido a qualquer momento através de uma segunda injeção composta por substâncias capazes de destruir o bloqueio. “Foram realizados testes em 303 voluntários, com taxa de sucesso de 97,3% e sem efeitos colaterais. O produto pode ser denominado, com segurança, o primeiro contraceptivo masculino do mundo”, afirmou R.S. Sharma.

Na Índia, 53,5% dos casais usam algum método de contracepção ou espaçamento, sendo os métodos permanentes como a esterilização os mais populares, mostra dados da Pesquisa Nacional de Saúde da Família-4 (2015-16). Cerca de 36% das mulheres optam pela esterilização, em comparação com 0,3% dos homens que fazem vasectomia.

Outras pesquisas

Está em andamento nos Estados Unidos uma pesquisa para um novo anticoncepcional masculino em forma de pílula. Os resultados preliminares do estudo foram apresentados na 100ª reunião anual da Sociedade de Endocrinologia em Chicago, Illinois, em 2018. Outros estudos também já foram realizados, mas foram interrompidos devido ao grande número de efeitos colaterais relatados, como alteração de humor. É o caso da pesquisa realizada pela Fundação Bill e Melinda Gates e por agências da Organização das Nações Unidas (ONU).

 

Fonte: PEBMED

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Joice Mara Araujo

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