Especialista da Santa Casa de Chavantes alerta que doença é silenciosa e destaca a importância da medição da pressão regularmente De acordo com dados do Ministério da Saúde, a hipertensão é responsável por 388 mortes diárias no Brasil. Essa condição crônica se caracteriza pelo aumento da pressão sanguínea nas artérias, o que demanda um esforço adicional do coração para garantir uma distribuição adequada do sangue pelo corpo. A pressão alta é um dos principais fatores de risco para uma série de problemas de saúde, incluindo doenças cardíacas, acidentes vasculares cerebrais (AVCs), doença renal e outros problemas de saúde. Uma pesquisa realizada nas capitais brasileiras pelo Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção de Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL), que compõe o sistema de Vigilância de Fatores de Risco para Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) do Ministério da Saúde, revelou um aumento no diagnóstico de hipertensão arterial entre jovens de 18 a 24 anos. De acordo com a pesquisa, em 2021 foi registrada incidência de 3,8% nessa faixa etária, aumentando para 5,6% em 2023. “A hipertensão arterial pode surgir em qualquer idade, sendo desencadeada por uma série de fatores, incluindo estilo de vida, predisposição genética e condições médicas subjacentes. Entre os jovens, há uma associação entre os maus hábitos alimentares, falta de atividade física, tabagismo e estresse crônico”, explica o presidente da Santa Casa de Chavantes e cardiologista, Dr. Anis Ghattás Mitri Filho. O estudo da VIGITEL também apontou um aumento na prevalência de hipertensão entre os idosos. Em 2021, cerca de 61% das pessoas com mais de 65 anos tinham a doença. Em 2023, esse número aumentou para 65,1%. “O envelhecimento é algo natural do corpo. Com o envelhecimento das artérias, ocorre seu endurecimento e diminuição de sua capacidade de distender. Além disso, o indivíduo da terceira idade fica mais tempo exposto a condições que favorecem o desenvolvimento da hipertensão arterial, como consumo excessivo de sal, estresse e obesidade. Condições médicas subjacentes como diabetes e doenças renais também tendem a colaborar com o desenvolvimento da hipertensão”, explica o presidente da instituição. O mês de abril traz uma importante campanha de saúde, marcado para acontecer no dia 26, o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, que tem como propósito conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico preventivo e do tratamento dessa doença. Sintomas e tratamento: A hipertensão não costuma apresentar sintomas, exceto em casos em que a pressão se eleva muito, podendo ocorrer dores no peito, dor de cabeça, tonturas, zumbido no ouvido, fraqueza, visão embaçada e sangramento nasal. Medir a pressão regularmente é a única maneira de diagnosticar a doença. Pessoas acima de 20 anos de idade devem medir a pressão pelo menos uma vez por ano. Se houver casos de pressão alta na família, deve-se medir no mínimo duas vezes por ano. A hipertensão não tem cura, mas pode ser controlada por meio de medicamentos e tratamentos médicos. “Além de fazer o uso de medicamentos recomendado pelo seu médico, é imprescindível adotar um estilo de vida saudável, como manter o peso adequado, não abusar no consumo de sal ou de alimentos gordurosos, moderar o consumo de álcool, abandonar o fumo, praticar exercícios físicos e controlar a diabetes”, declara Dr. Anis. |
Pressão alta mata 388 por dia no Brasil e tem aumento de incidência entre mais jovens e idosos
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