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Precisa falsificou documentos, Bharat Biotech rompe contrato de venda ao Brasil das vacinas Covaxin

 

A Bharat Biotech, fabricante indiana da vacina Covaxin, informou através de uma  nota, que documentos  apresentados pela Precisa ao Ministério da Saúde com uma suposta assinatura do laboratório não são autênticos. A empresa  anunciou nesta sexta-feira (23) a rescisão de seu contrato com Precisa Medicamentos, que intermediava a venda do imunizante no Brasil

As vacinas que tiveram contratos de compra  suspensos temporariamente pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, agora tem a compra desfeita de forma definitiva.

A Precisa Medicamentos se envolveu em suspeitas de irregularidades na venda do imunizante após denúncias  na CPI da Covid, do deputado Luis Miranda (DEM-DF) e de seu irmão, Luis Ricardo Miranda, servidor do Ministério da Saúde.

No mesmo comunicado, a Bharat Biotech confirma o valor de US$ 15 dólares por dose de sua vacina contra a Covid-19. “Como parte de seu alcance de fornecimento global, a empresa se ofereceu para fornecer a Covaxin para o Brasil. O preço global (exceto para a Índia) da Covaxin foi definido entre US $ 15-20. Consequentemente, a Covaxin foi oferecida ao Governo do Brasil à taxa de US$ 15 por dose”.

“Informa-se, ainda, que a empresa não recebeu adiantamento nem forneceu vacinas ao Ministério da Saúde do Brasil”, esclarece a nota.

“Apesar de tal rescisão, a Bharat Biotech continuará a trabalhar diligentemente com a Anvisa o órgão regulador de medicamentos brasileiro para concluir o processo de aprovação regulatória para Covaxin. A Bharat Biotech está buscando aprovações em vários países de acordo com os requisitos legais aplicáveis em cada país”, diz a nota da empresa.

Em nota, a Precisa Medicamentos lamentou o cancelamento do memorando de entendimento que havia viabilizado a parceria com a Bharat Biotech para a importação da vacina Covaxin ao Brasil.

“A decisão, precipitada, infelizmente prejudica o esforço nacional para vencer uma doença que já ceifou mais de 500 mil vidas no país e é ainda mais lastimável porque é consequência direta do caos político que se tornou o debate sobre a pandemia, que deveria ter como foco a saúde pública, e não interesses políticos”.

A empresa afirma que não houve irregularidades no contrato de importação das vacinas indianas.

“A Precisa jamais praticou qualquer ilegalidade e reitera seu compromisso com a integridade nos processos de venda, aprovação e importação da vacina Covaxin, tanto que, nesta quinta-feira (22), obteve mais um passo relevante, com a aprovação, pela Anvisa, da fase três de testes no Brasil, a ser feita em parceria pelo Instituto Israelita Albert Einstein. Todos os trâmites foram conduzidos pela Precisa Medicamentos, que cumpriu os pré-requisitos impostos pela agência e apresentou todas as informações necessárias”, escreveu.

JR

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Jorge Roriz

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