Postura antivacinação americana preocupa

Após se darem conta de que a postura antivacinação de mães americanas não está restrita a pequenas comunidades, médicos e cientistas dos Estados Unidos (EUA) concluíram que essa tendência não pode mais ser ignorada. Estudo publicado no American Journal of Preventive Medicine mostra que até um quarto das futuras mães – grávidas do primeiro filho – não planejam seguir a agenda de vacinação recomendada para seus filhos.

Dados mostram que 25% das mães não têm planos de aderir naturalmente à agenda de vacinação: 10,5% delas pretendem dar aos filhos algumas vacinas, mas de forma mais espalhada no tempo; 4% pretendem dar apenas algumas vacinas; e 10,5% estão indecisas.

De acordo com o professor Glen Nowak, da Universidade da Geórgia (EUA), o perfil das mães parece estar mudando no tocante à educação sobre a saúde, com a internet representando uma importante fonte de informação, balizando o comportamento de muitas dessas mães que não se mostram tão atraídas para as vacinas.

O resultado é mais preocupante considerando que os pesquisadores eliminaram dos seus dados as mães que são radicalmente contra as vacinas, e que não pretendem dar nenhuma delas a seus filhos. A equipe estima que 1% das mães tenham essa postura radical antivacinação.

“A maioria das futuras mães indicou que estavam interessadas em informações sobre as vacinas infantis, mas muitas delas não estavam procurando ativamente por essas informações, e muito poucas receberam qualquer informação dos profissionais de saúde,” disse o

Mesmo entre os 75% das mães que pretendem seguir as recomendações, há sinais de um comportamento crítico em relação às vacinas:  em toda a amostra pesquisada, 59,5% acredita que a imunização é “muito importante” e 25% que é “importante” para manter as crianças saudáveis.

O estudo também mostrou que, embora a maioria das mulheres grávidas indicasse já ter ouvido mensagens educativas comumente usadas sobre vacinas (por exemplo, “Vacinas previnem doenças potencialmente mortais”), há grandes lacunas de percepção sobre o assunto, e muitas mães indicaram que não acreditavam que algumas das mensagens comumente usadas fossem verdadeiras.

Portal Saúde no Ar

A.V.

 

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