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Portugal sob alerta

Em entrevista a BBC Internacional, o médico brasileiro Marcelo Matos que atua Portugal, disse que o país vive um “tsunami” de covid-19. Os números reafirmam a avaliação: em 28 de janeiro, o país chegou ao recorde de 16.432 novos casos.

De acordo com o medico, “Vivi todas as ondas do novo coronavírus em Portugal. A primeira [em março de 2020] foi uma marola, vimos o que aconteceu no resto da Europa e nos preparamos bem, não houve sobrecarga. A segunda [em outubro e novembro] foi mais puxada. Mas chegamos ao ápice agora. A terceira onda é um tsunami”.

Além disso, Matos relata que a cada 4 pessoas que chegam à emergência atualmente, 3 têm sintomas de covid-19. “Na primeira onda, era o contrário, quase ninguém ia para o Covidário [nome dado ao espaço reservado aos casos suspeitos da doença nos hospitais].”

Ainda assim, o médico ressalta que nos piores dias da pandemia no país, houve falta de insumos nos hospitais. Um cenário que até então ele só havia visto no Brasil. “Não tinha mais rampa de oxigênio para usar, eram muitos idosos em macas, mal dava para andar dentro da urgência. Era um cenário de guerra”, afirma Matos, que vem trabalhando cerca de 70 horas por semana.

Por conta do relaxamento; bem como a  chegada da variante britânica do vírus à Portugal (apontada como mais contagiosa), o responsável pela alta descontrolada de casos a partir da primeira semana de janeiro, o país entrou novamente em lockdown no último dia 15.

O número de novos casos no país começou a desacelerar no início de fevereiro, mas a média móvel de sete dias ainda era, na sexta-feira (6/2), de 7.270 casos. A projeção do governo é que o confinamento mais rígido dure ao menos até março.

Fonte: BBC Internacional

 

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