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Por que TEA(transtorno do espectro autista) e TDAH(transtorno de déficit de atenção e hiperatividade) estão aumentando?

Por que TEA(transtorno do espectro autista) e TDAH(transtorno de déficit de atenção e hiperatividade) estão aumentando?

O aumento das taxas de diagnóstico de transtorno do espectro autista (TEA) e Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) nas últimas décadas tem gerado grande interesse e debate na comunidade científica. Vários fatores contribuem para esse aumento, e os principais estudos abordam diferentes aspectos, como mudanças nos critérios diagnósticos, maior conscientização, fatores ambientais e genéticos, entre outros.

A seguir algumas referências para que o leitor possa consultar e conhecer em detalhaes.

Mudanças nos Critérios Diagnósticos e Conscientização

A ampliação dos critérios diagnósticos e a maior conscientização pública e profissional sobre TEA e TDAH têm levado a um maior número de diagnósticos.

TEA: O estudo de Fombonne, E. (2009). “Epidemiology of pervasive developmental disorders” publicado no Pediatric Research analisa como mudanças nos critérios diagnósticos e aumento da conscientização contribuíram para o aumento nas taxas de diagnóstico de TEA.

TDAH: O estudo de Polanczyk, G., et al. (2007). “The worldwide prevalence of ADHD: a systematic review and metaregression analysis” publicado no American Journal of Psychiatry sugere que a variação nos critérios diagnósticos e a maior conscientização são fatores importantes para o aumento das taxas de TDAH.

Maior Acesso aos Serviços de Saúde e Diagnóstico

A melhoria no acesso aos serviços de saúde e ao diagnóstico precoce permite que mais pessoas sejam identificadas com TEA e TDAH.

TEA: Matson, J. L., & Kozlowski, A. M. (2011). “The increasing prevalence of autism spectrum disorders” no Research in Autism Spectrum Disorders aborda como a expansão dos serviços de saúde mental e a detecção precoce aumentam os números de diagnóstico de TEA.

TDAH: Sayal, K., et al. (2018). “Prevalence of attention-deficit hyperactivity disorder: A systematic review and meta-analysis” publicado no BMC Psychiatry destaca como o aumento no acesso aos serviços de saúde mental está relacionado com o aumento nos diagnósticos de TDAH.

Influências Ambientais e Exposições Prenatais

Exposições ambientais, como poluentes e toxinas, e fatores prenatais, como complicações na gravidez, têm sido estudados como possíveis contribuintes para o aumento nos casos de TEA e TDAH.

TEA: O estudo de Roberts, E. M., et al. (2007). “Maternal residence near agricultural pesticide applications and autism spectrum disorders among children in the California Central Valley” publicado no Environmental Health Perspectives sugere uma ligação entre exposições ambientais e aumento nas taxas de TEA.

TDAH: A pesquisa de Braun, J. M., et al. (2006). “Exposures to environmental toxicants and attention deficit hyperactivity disorder in U.S. children” publicado no Environmental Health Perspectives aponta para a associação entre exposição a toxinas ambientais e o desenvolvimento de TDAH.

Fatores Genéticos

Estudos indicam que fatores genéticos desempenham um papel significativo tanto no TEA quanto no TDAH, e a melhor compreensão desses fatores pode estar levando a mais diagnósticos.

TEA: Sandin, S., et al. (2014). “The heritability of autism spectrum disorder” publicado no JAMA demonstra que a genética tem um papel substancial no risco de desenvolvimento do TEA.

TDAH: O estudo de Faraone, S. V., & Larsson, H. (2019). “Genetics of attention deficit hyperactivity disorder” no Molecular Psychiatry destaca o papel dos fatores genéticos na prevalência do TDAH.

Maior Sobrevivência de Prematuros e Avanços Médicos

O aumento das taxas de sobrevida entre bebês prematuros e avanços nos cuidados neonatais também contribuem para o aumento nos diagnósticos de TEA e TDAH, já que esses bebês têm maior risco de desenvolver esses transtornos.

TEA e TDAH: Johnson, S., et al. (2010). “Neurodevelopmental disability through 11 years of age in children born before 26 weeks of gestation” no Pediatrics demonstra que crianças nascidas extremamente prematuras têm maior risco de desenvolver TEA e TDAH.

A medida que a ciência avança na compreensão das múltiplas interações que estamos envolvidos, conhecemos melhor a influência e desfechos dessas interações. Entender que o ser humano é ser complexo em sinergia corpo/mente/espirito em interações constantes, são as chaves para compreender muito além do TEA e TDAH

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