Por que não existem alimentos azuis na natureza?

Na natureza há muitos mistérios, um deles é saber por que dificilmente encontrarmos plantas, flores, frutas, legumes, ou outros vegetais de cor azul. Os motivos pelos quais isso acontece são explicadas a partir da composição bioquímica dos alimentos.
Segundo o Engenheiro de alimentos da Unicamp, Marcelo Alexandre Prado, “Os corantes presentes nas plantas, cuja função é protegê-las, são substâncias muito sensíveis à luz, ao oxigênio e à acidez”. Já os pigmentos verde e vermelho são mais resistentes, o azul se degrada rapidamente, a não ser que esteja em um ambiente alcalino, o que é raro na natureza, pois na maioria dos alimentos tem pH de neutro para ácido Conclui Prado.

A dificuldade em encontrar alimentos azuis pode estar atribuída ao ancestrais (homens primitivos) também, que já associavam cores à sabores. E nos dias atuais as pessoas relacionam cores quentes como vermelho e laranja a alimentos doces e suculentos, a cor verde, lembra coisas azedas, como limão. Mas o azul geralmente associa-se a alimentos mofados ou estragados. Entretanto pode ser que os alimentos com pigmentos azuis existissem, mas por essa associação a mofo ou comida estragada, podem ter sido extintas e assim, não cultivadas.

Alguns alimentos que são (quase) azuis:

BLUEBERRY

brubProveniente da América do Norte, essa pequena fruta conhecida aqui como mirtilo, parece ser o alimento que mais tenha pigmentação próxima ao azul (culpa da antocianina, molécula que combate o envelhecimento).

 

 

BOLETO-DO-DIABO
brub1Parte da família de fungos comestíveis, o cogumelo boleto-do-diabo (Boletus satanas) adquire a cor azul quando a polpa é partida ao meio entra em contato com o ar.

 

 

 

QUEIJO-AZUL
brub2O GORGONZOLA é uma classificação geral dos queijos que têm veias de fungos do tipo Penicillium, o que lhes fornece a característica cor azul e um delicioso sabor. Todos têm um cheiro e sabor fortes tendendo a ser picante e, às vezes, salgado.

 

 

MILHO AZUL
brub3No México, existe uma variedade de milho cujas espigas estão mais para o azul do que para o tradicional amarelo. A farinha feita desse milho diferente é usada na fabricação de tortilhas, as famosas panquecas mexicanas.

Redação Saúde no Ar*

João Neto

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