De acordo com dados dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, 43,3% dos americanos possuem anticorpos contra SARS-CoV-2. Da mesma forma, um dos mistérios dessa pandemia é explicar por que algumas pessoas, não contraíram o novo coronavírus apesar de morarem na mesma casa e dormirem na mesma cama.
Em estudo, onde 36 pessoas tentaram intencionalmente estar infectadas com SARS-CoV-2, apenas 18 contraíram o vírus. Assim, pesquisadores buscam o motivo do fenômeno.
Assim, uma das teorias diz que certas pessoas são capazes de eliminar o novo coronavírus. Isso graças aos anticorpos neutralizantes e células T de memória que eles têm em seu corpo, produto de terem sofrido de resfriados antigos.
Outra teoria, seria que que certos seres humanos são capazes de produzir substâncias dentro de suas células. São substâncias que não apenas destroem o vírus invasor, mas também destroem a célula infectada.
O primeiro estudo, pesquisadores britânicos testaram repetidamente o sangue de um grupo de profissionais de saúde altamente expostos ao vírus durante a primeira onda da pandemia, quando as vacinas ainda não estavam disponíveis. De acordo com a pesquisa, os profissionais de saúde expostos ao vírus que não desenvolveram a doença — e nem foram capazes de produzir anticorpos neutralizantes — formaram células de memória especiais, que foram apelidadas de células T reativas cruzadas.
Outra analise, no segundo estudo mostrou que as crianças produzem duas vezes mais células T reativas cruzadas que os adultos; sugerindo que essa é a explicação por que as crianças não apresentam tantos sintomas quanto os adultos quando infectadas.
Outro estudo, revela que as pessoas que moravam na mesma casa e não estavam infectadas também eram pessoas que produziam maior número de células T com reação cruzada.
Assim, pesquisadores tentam ainda buscar uma reposta para o por que e quais mecanismos geneticamente determinados, possuem a capacidade de não infecção pelo coronavírus. Já que, os cientistas acreditam que conhecer esse tipo de detalhe é importante para o desenvolvimento de novas vacinas; ou medicamentos que possam dar proteção à maioria dos humanos sensíveis à infecção.